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quarta-feira, 26 de junho de 2024

MADURO PERDE, MAS SERÁ QUE ENTREGARÁ O PODER?

Nicolás Maduro, na condição de vice-presidente, assumiu o governo da Venezuela em 2013, depois da morte de seu criador, Hugo Chávez; de lá para cá foram realizadas eleições, mas sempre manipuladas pelo então presidente que se tornou exímio ditador; ele permaneceu no poder durante todo este tempo. As previsões de sua inabilidade política não se confirmaram. No próximo 28 de julho, na eleição, se não houver interferência, Maduro, certamente perderá a eleição, mas ainda se duvida sobre ele entregar o poder ao ex-diplomata Edmundo González, que figura nas pesquisas com grande frente. O ex-diplomata é apoiado por María Corina Machado, que foi impedida de candidatar e agora trabalha para a eleição de González. Os venezuelanos alimentam dúvidas sobre a saída de Maduro e asseguram que ele está buscando uma forma para continuar no poder. O meio que sempre usou seria a manipulação das eleições, ou a simples correção da contagem de votos, afastando muitos eleitores da votação ou suprimindo muitas cédulas de votação. O certo é que Maduro não deixará facilmente as rédeas, porquanto se sair da direção enfrentará acusações de tráfico nos Estados Unidos, e está sendo investigado pelo Tribunal Penal Internacional, pela prática de crimes contra a humanidade. 

O outro recurso para perpetuar no poder seria cancelar ou adiar a votação, através de algum artifício, a exemplo de inventar a existência de uma crise ou de um golpe, como ele já manifestou. O Ministério da Educação declarou, em abril, que promoveu a mudança dos nomes de mais de 6 mil escolas, locais de votação, artifício para complicar a chegada dos eleitores aos locais de votação. A disputa de fronteira com a Guiana seria uma saída para suspender a eleição. O passado mostra que Maduro prepara um artifício: em 2017, na seleção do órgão político para escrever e promulgar a nova constituição ele manipulou pelo menos 1 milhão de votos, segundo a Smartmatic, empresa que forneceu tecnologia de votação. O governo dos Estados Unidos promete observar o desenrolar do pleito. Maduro já buscou aproximação com a Rússia, o Irã e a China, além de facilitar aos generais e a seus aliados o enriquecimento através do tráfico de drogas e da mineração ilegal. A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, mas os venezuelanos, em torno de 4 milhões, deixaram o país, face às sucessivas crises econômicas, que arrastou um rico país à pobreza de sua população. O contingente de imigrante procura regularizar sua situação eleitoral para votar, mas o governo impõe dificuldades para dificultar-lhes a participação no pleito do mês de julho.     



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