terça-feira, 11 de junho de 2024

MINISTRO: IMPLICÂNCIA COM CRÍTICAS ÀS VIAGENS

O ministro Roberto Barroso, presidente do STF, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, assegurou ontem, 10, que há "implicância nas críticas aos custos pagos em viagens aos membros da corte". A defesa do ministro é infantil, quando diz que não há exigência para transparência de agenda dos magistrados, ficando a critério de cada ministro tornar públicos seus compromissos e suas atividades. Barroso entende ser desnecessário um código de ética para os membros da corte e defendeu os gastos com segurança dos magistrados. Disse que "se um ministro for agredido fisicamente, tomar um tiro durante um jogo de futebol ou em uma sessão do Supremo, a fratura institucional é igual". Sobre eventos, declarou: "Já fui a evento fora, não de empresas específicas, mas de organizações que reúnem empresários e considero uma ótima oportunidade de conversar com essas pessoas, ouvir essas pessoas, como eu converso regularmente com jornalistas, com comunidades indígenas". Prossegue: "É um equívoco achar que as pessoas chegam a essa altura da vida disponíveis a qualquer tipo de sedução como uma passagem para ir à Europa ou um hotel de qualidade. A maior parte das pessoas que está lá tem toda condição de ir sem ser convidada".    

O ministro acha absolutamente normal o uso de recursos públicos para um segurança acompanhar o Ministro Dias Toffoli, em eventos em Londres, no Reino Unido e em Madri, gastando, em diárias, R$ 96,6 mil; em seguida, no período de dois meses, mais gasto, em diárias, de R$ 39 mil com segurança, em viagens internacionais do mesmo Ministro Dias Toffoli, inclusive com a presença na final da Champions League. Também e absolutamente normal, na concepção do ministro, a despesa de R$ 200 mil, em diárias, para quatro policiais federais acompanharem membros do STF em viagem de fim de ano aos Estados Unidos. Somente o ministro Edson Fachin divulgou seus compromissos públicos. O intento de fugir à transparência dos gastos dos ministros chegou ao ponto de ser retirado do ar o portal de transparência, onde constam os gastos com passagens, diárias, funcionários, contratos e prestação de contas.   

 

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