segunda-feira, 24 de junho de 2024

QUATRO ADVOGADOS PRESOS

Quatro advogados e funcionários de um banco, suspeitos de envolvimento em fraudes, foram presos pela Polícia Civil de Goiás. O grupo é especializado em fraudar alvarás de pagamentos judiciais e praticava esse assalto há mais de dois anos. Os mandados, no total de 67, sendo 32 de prisão e 35 de busca e apreensão foram cumpridos em Goiás, na Bahia, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e Pará. Os danos importam em R$ 31,8 milhões, originados de pagamentos judiciais, na Operação Alvará Criminoso. Os advogados tinham acesso ao sistema do Tribunal de Justiça de Goiás, e com suas senhas identificavam os processos paralisados ou arquivados, criavam falsos alvarás, constando seus nomes como juízes para autorizar a liberação de valores no banco.  


O Tribunal em nota assegura que não há servidor envolvido nas fraudes. A Polícia Civil informa que o grupo era dividido em núcleos: financeiro, jurídico, fraude nos alvarás e lavagem de dinheiro. Em Goiás, os mandados foram cumpridos em Goiânia, Trindade, Anicuns, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Funcionários do banco trocavam informações com os advogados e os outros criminosos, tratando sobre as contas judiciais e os saques oscilavam entre R$ 77 mil e R$ 22 milhões. Até presos na primeira fase da operação continuavam recebendo valores e um deles, detido em Aparecida de Goiânia, recebeu mais de R$ 3 milhões. Foram descobertas fraudes que atingem o valor de R$ 30 milhões e os criminosos serão enquadrados na prática dos crimes de estelionato, crime contra a organização pública, organização criminosa e lavagem de dinheiro. 

 

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