A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro complica-se a cada publicação sobre atividades de órgãos do seu governo. A Polícia Federal assegura que a ABIN paralela vigiou, ilegalmente, ministros do STF, parlamentares e jornalistas. Dentre os ministros do STF monitorados estão o ministro Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Luiz Fux e Dias Toffoli; no Poder Legislativo foram fiscalizados Arthur Lira e seu antecessor Rodrigo Maia. Dentre os jornalistas, foram seguidos Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira, e Pedro Cesar Batista. Um ex-governador, João Doria, servidores do IBAMA e da Receita foram também monitorados. Na quarta fase da operação da ABIN paralela, agentes vinculados a Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, foram presos; o vereador Carlos Bolsonaro é também investigado.
Buscou-se desarticular a ABIN paralela e o ministro Alexandre de Moraes declarou que as investigações "evidenciaram a ocorrência de inúmeras ações clandestinas no período compreendido entre 2019 até 2022 e indicaram que os recursos humanos e técnicos empregados pela estrutura paralela (da Abin) valiam-se de sistemas oficiais e clandestinos para obtenção dos dados necessários para os seus interesses". Dois policiais federais, cedidos para trabalharem na ABIN, subordinados de Ragamem, estavam em "completo desvio da finalidade institucional da Abin". Diz a Polícia Federal que "a tentativa de associar o excelentíssimo ministro Alexandre de Moraes a determinada pessoa com o fito de difundir desinformação e atingir o Poder Judiciário não foi a única ação clandestina realizada pela estrutura paralela da Abin". Outras ações contra outros ministros foram executadas, buscando diminuir o Judiciário.
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