domingo, 14 de julho de 2024

BOLSONARO VIVE SEM AS TETAS DO PODER

Desde 1988, o ex-presidente Jair Bolsonaro vive sob as tetas do poder. Nesse período, ocupou uma cadeira de vereador na Câmara; nem terminou o mandato, habilitou-se à Câmara dos Deputados e aí permaneceu entre 1991 a 2018, representando diferentes partidos, quando deixou para ser presidente da República. Ensinou aos filhos o caminho da vida boa e nababesca com bons salários e respeitabilidade pública: Flávio Bolsonaro é senador; Eduardo Bolsonaro é deputado federal por São Paulo; Carlos Bolsonaro é vereador pelo Rio de Janeiro. Os Bolsonaros seguem o exemplo do pai e a mulher, Michelle Bolsonaro está sendo preparada para ocupar uma cadeira no Senado e o filho mais novo já tem assento garantido na Câmara de Vereadores no Balneário de Camboriu, em Santa Catarina, etapa primeira para a candidatura à deputado federal, em 2026. 

Bolsonaro, na presidência, praticou muitas irregularidades, consistentes em crimes, e acumulam os processos, questionando sua honestidade. Enfrentou dois processos no âmbito eleitoral e foi punido com o impedimento de candidatar até o ano de 2030. Nos quatro anos no Planalto descuidou quase totalmente das principais pastas da Educação e da Saúde. É considerado o responsável pela morte de mais de 300 mil pessoas na pandemia, porque cansou de ironizar o vírus e insurgiu contra o uso de máscara. Desde 1988, é a primeira vez que Jair Bolsonaro vive fora dos cargos públicos, mas isso não lhe causa muita preocupação, porquanto preparou o terreno para sair e ser bem remunerado. Ele vive com mais de R$ 80 mil mensalmente, resultado do salário de ex-presidente, de duas aposentadorias, como capitão reformado do Exército e como ex-deputado federal e ainda como presidente de honra do Partido Liberal, de onde recebe R$ 39 mil. Além de tudo isso, ele desfruta dos benefícios vitalícios de ex-presidentes, encorpado por quatro servidores para segurança e apoio pessoal, além de dois motoristas e dois veículos oficiais da União.          

O “contracheque” mensal de mais de R$80 mil de Bolsonaro levanta questionamentos sobre equidade e distribuição de recursos em uma sociedade marcada por desigualdades. 

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