Bastou uma declaração de um desembargador, em sessão, para o CNJ mandar abrir reclamação disciplinar. O desembargador Luis César de Paula Espíndola, afirmou na quarta-feira, 3, que "as mulheres estão loucas atrás dos homens, porque são muito poucos", e o CNJ entrou em campo. Bem verdade que a atuação desse órgão tem punido maus juízes, mas o foco deveria ser direcionado para os problemas mais graves, e são muitos, deixando casos dessa natureza para o tribunal local resolver. O ministro corregedor ainda classifica essa declaração como grave e que "é necessário discorrer cada vez mais sobre a cultura de violência de gênero disseminada em nossa sociedade".
O magistrado preside a 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, e, no julgamento de uma medida protetiva em favor de uma adolescente de 12 anos, que denunciou assédio de um professor de educação física, que foi absolvida na esfera criminal e administrativa, na sessão, entre os colegas, disse: "Se a vossa Excelência sair na rua, hoje em dia, quem está assediando, quem está correndo atras de homens são as mulheres, porque não tem homem. Esse mercado está bem diferente. Hoje, em dia, o que existe - essa é a realidade -, as mulheres estão loucas atrás dos homens, porque são muito poucos".
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