O desembargador Luíz César de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná, que foi condenado por agredir a irmã, simplesmente desconheceu inspeção previamente marcada pelo CNJ, no seu gabinete; não compareceu, não justificou e a assessoria informou que ele estava em atividade. No período da inspeção, o desembargador gozou 127 dias de férias, afastou-se por 32 dias, com licença saúde e 14 dias para tratar de interesses particulares. Espíndola é o magistrado que declarou em audiência: "as mulheres estão loucas atrás dos homens". Em nota, a desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, presidente da Comissão de Igualdade e Gênero do Tribunal local, declarou: certamente em defesa do assediador (ele) imputou às mulheres a prática generalizada do "assédio aos homens". Espíndola, em nota, assegurou que não pretendeu menosprezar o comportamento feminino.
O ministro corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, quando abriu Reclamação Disciplina contra o desembargador enumerou seis investigações disciplinares arquivadas contra o magistrado. Disse que "especificamente em relação às condutas que envolvem possível violência de gênero, a presença de investigações anteriores na esfera disciplinar ratifica a necessidade de apuração escorreita por esta corregedoria". Salomão declarou que "há anos Espíndola desafia o CNJ e o Superior Tribunal de Justiça". O magistrado foi favorecido por decisões do então corregedor nacional, ministro João Otávio de Noronha. Algumas investigações contra Espíndola têm sido arquivadas, a exemplo de agressão contra Ana Paula Bergmann e voz de prisão a um policial, em incidente com moradores da vila Domitila, em Curitiba.
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