O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está postergando posicionamento sobre a eleição fraudulenta da Venezuela. Ele declarou ontem, 30: "Tem uma briga, como é que vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com recurso. Sabe? E vai esperar na Justiça tomar o processo. E aí, vai ter uma decisão que a gente ter que acatar. Eu estou convencido de que um processo moral, tranquilo. O que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de provar que não concordam e o governo tenho o direito de prova que está certo". Enfim, Lula está em cima do muro, mas não deve abandonar seu amigo, o ditador Nicolas Maduro. Aliás, o presidente brasileiro tem muitos amigos ditadores, é o caso da Rússia, da Nicarágua, de Cuba e da Venezuela.
Enquanto isso, no dia 29, as forças policiais da Venezuela deixaram 11 pessoas mortas e mais de 700 detidas. E Lula acha que tudo isso é normal. O diretor da organização especializada na defesa de presos políticos, Alfredo Romero, no dia de ontem, 30, afirmou que o número de mortos é alarmante, porque a maioria não foram contabilizados. O ministro da Defesa da Venezuela afirma que um policial foi morto e 30 feridos, em confronto com manifestantes. O procurador-geral, nomeado em 2017, depois que sua antecessora deixou o cargo, faz ameaças de prisão e processo contra a população. O alto-comissário da ONU, Volker Turk, declarou preocupante o cenário, face as "evidências de uso desproporcional da força por parte da polícia".
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