terça-feira, 30 de julho de 2024

PROTESTOS CAUSAM MORTES E 46 DETIDOS

Os protestos que questionam a eleição do ditador Nicolás Maduro tomaram as ruas de várias cidades da Venezuela e ontem, 29, deixou uma pessoa morta, no estado de Iaracuy, e 46 detidas. Outras mortes foram registradas em San Francisco, no estado de Zulia, um adolescente de 15 anos, e no estado de Maracay, um estudante de 30 anos. No estado de Falcón, manifestantes derrubaram uma estátua de Hugo Chávez, antecessor de Maduro. O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, em publicações nas redes sociais assegura que "convocar atos para contestar os resultados oficiais pode render prisão". Enquanto tudo isso acontece, o ditador diz que os protestos fazem parte de uma tentativa de golpe de Estado "de caráter fascistas e contrarrevolucionário". O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, declarou que 23 soldados das Forças Armadas foram feridos, no confronto com manifestantes. María Corina, que foi impedida de candidatar, mas atuou na vitória da oposição disse que "a diferença foi enorme, em todos os estados da Venezuela". Hoje, terça-feira, haverá "uma grande marcha em direção a Miraflores para defender a paz". As lideranças convocaram "assembleias cidadãs" em outras cidades do país. 

Por outro lado, o assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embaixador Celso Amorim, esteve, na tarde de ontem, 29, com o ditador Nicolás Maduro e com o candidato da oposição, ex-diplomata Edmundo González. Amorim pediu a Maduro para que o Conselho Nacional Eleitoral publique as atas de votação do pleito de domingo, porque faz parte do rito eleitoral local. O ditador justificou que um ataque hacker impediu a publicação, mas as atas serão divulgadas.


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