Segundo levantamento da Folha de São Paulo, na Bahia, os Tribunais de Contas possuem em seus quadros muitos parentes, a iniciar pelos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios. Os ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa levaram para as Cortes pessoas de sua confiança, com vencimentos de R$ 22 mil a 33,6 mil. Os conselheiros desses tribunais são escolhidos entre deputados no fim da carreira, apesar de outras indicações, por exemplo, da esposa do ex-governador Rui Costa, como conselheira. Trata-se da enfermeira Aline Peixoto, apontada no ano passado. O sogro do governador Jerônimo Rodrigues, 86 anos, foi nomeado assessor da presidência da Corte, mas exonerado, depois de denúncias. No gabinete da conselheira Aline está Everli de Almeida, esposa do deputado estadual Robinson Almeida. O conselheiro Nelson Pelegrino, deputado federal até 2021, nomeou Naiane Almeida Peixoto, cunhada do ex-governador, atual ministro da Civil, Rui Costa, e irmã da conselheira Aline, além de Matheus Wagner, filho do ex-governador Jaques Wagner, líder do governo Lula.
A filha do senador Wagner, Monica Wagner, está com um cargo no Tribunal de Contas do Estado desde 2015 e a nora do senador, Fernanda Guimarães, foi para o gabinete do conselheiro Paulo Rangel. Outra nora de Wagner, Bonnie Toaldo Bonilha, esteve até julho/2023 no mesmo Tribunal. Todos os políticos beneficiados declaram que seus parentes são escolhidos pelos próprios méritos, sem suas interferências.
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