E Trump conseguiu motivação para explorar o voto dos americanos, apesar de não corresponder ao que ele previa. É que o simples tiro que acertou na sua orelha não foi suficiente para mudar as pesquisas eleitorais. Diferente, foi, por exemplo, a facada contra Jair Bolsonaro, em setembro/2018, atentado este que importou na saída de um deputado despreparado diretamente da Câmara para comandar os destinos do país. Os fatos que parecem mais significativos para reversão do quadro que se delineava na eleição americana situam-se nos tropeços de Joe Biden através do debate da fatídica quinta-feira, 27 de junho. Foi classificado o desempenho mais fraco nos tradicionais debates dos candidatos americanos, iniciados em 1960, entre John F. Kennedy e Ricard Nixon. Com pesquisas e parlamentares democratas mostrando a influência negativa daquele encontro, nos eleitores americanos, ainda assim, Joe Biden resiste em abandonar a candidatura e persiste afirmando que vai derrotar Trump. O presidente enfrenta muitas dificuldades para comunicar e os políticos não aceitam os tropeços do debate.
É grande a influência que as decisões dos governantes dos Estados Unidos exercem sobre o mundo capitalista de todo o mundo, principalmente na América Latina. Junte-se a isso, os distúrbios de outros países, como Argentina e Venezuela. Em eleição democrática, os argentinos votaram para mudanças, mas o presidente tem-se mostrado claudicante nas decisões, ao ponto de o Fundo Monetário Internacional, que apoiava seus passos iniciais, ter mudado para censurar o governo. Os argentinos também não estão satisfeitos com o presidente Milei. Nem se fala sobre a Venezuela, país rico, governado por um ditador que, segundo representante da ONU, comete crimes e violações dos direitos humanos, com tortura e violência sexual. Na Venezuela é diferente, porque os resultados das eleições são sempre fraudadas, face a influência de Nicolás Maduro no sistema judicial. Ademais, Maduro soube aproximar das Forças Armadas, permitindo altas corrupções no seio dos militares, para continuar mandando no país. E assim perdem forças as tentativas de retirá-lo do poder. Na eleição do dia 28 ele diz que sua derrota implicará em conflitos com derramamento de sangue.
Santana, 21 de julho de 2024.
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