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sábado, 10 de agosto de 2024

BRASIL: 40% DO CAFÉ DO MUNDO

Verdadeira aula a entrevista ao Record News, de Pavel Monteiro Cardoso, presidente da ABIC e CEO da Sobesa Indústria de Alimentos, cuja planta industrial situa-se em Santana, oeste da BAHIA, sobre o cenário do café no Brasil e no mundo. Pavel informou que a safra deste ano do café foi maior que a do ano passado, mesmo tendo sido diretamente afetada pelos reflexos climáticos do fenômeno el nino. A safra deste ano cuja previsão inicial era estimada em 70 milhões de sacas, mas reduzida para 66 milhões de sacas, são basicamente representadas por 75% da variedade arábica e 25% do robusta/conilon. É traçada diferenciação entre o café arábica e o robusta e esclarecimentos sobre as diversas categorias do café como torrado, moído, em grão, solúvel, além dos cafés especiais, certificação mais recente lançada pela Abic em 2023. A variedade nas gôndolas é muito grande com diferentes tipos de blend, formatos, origens, café gelado, capuccino, café com leite. Para o robusta, foi destacada sua utilização originalmente na indústria do solúvel, em razão da sua maior extração de sólidos e solúveis, trazendo mais corpo e consistência à bebida.

 

O Brasil produz 40% do café consumido no mundo e é o segundo maior consumidor de café, atrás tão somente dos Estados Unidos. Todavia, possuímos apenas 16% do comércio global do café. Os principais importadores do nosso café são Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e Japão. O consumo do café no Brasil no ano passado girou em torno de 21,7 milhões de sacas de café, mantendo-se como segundo maior consumidor do produto. O Brasil consumirá em 2024 mais de 22 milhões de sacas. Para se avaliar a disparidade do mercado de café suficiente saber que a Suíça e Alemanha tem respectivamente 9% e 8% de participação no comércio global do café, sem plantar um só pé de café e, curiosamente, combinadas, representam mais que o Brasil. O desafio da ABIC e do Brasil é melhorar a promoção e imagem do café brasileiro para, como conseqüência, majorar as exportações do café como produto acabado, pois somos exportadores de sacas, enquanto commodities. Em 2023, segundo dados da CECAFÉ, entidade co-irmã da ABIC, que representa 98% das exportações brasileiras, o Brasil exportou em 2023 quase 40 milhões de sacas, representando mais R$ 8,5 bilhões, das quais a maior parte é café verde, enquanto apenas 0,1% são de cafés industrializados. 

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