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domingo, 25 de agosto de 2024

COLUNA DA SEMANA

A invasão israelense do território palestino prossegue com mais mortes. Já se contabiliza 40 mil mortos e mais de 90 mil feridos. Tudo isso acontece em retaliação aos mortos no 7 de outubro do ano passado, quando terroristas invadiram o sul de Israel, mataram em torno de mil pessoas e sequestraram outras 300. O governo israelense apressa para desmentir o número de mortos e informar que 17 mil dos que perderam a vida eram "terroristas". Mas as informações do governo de Israel não merecem crédito, pois mentem desabridamente, buscando enaltecer seus homens que estão preparados para matar principalmente crianças, mulheres e idosos, Desde a invasão, os palestinos vivem fugindo da morte, às vezes, em um vai-e-vem, orientado pelos próprios invasores, que mandam deixar o norte e logo depois determinar o abandono do sul. Uma palestina declarou para a imprensa: "Quando o apito do míssil soa, repentinamente, você não sabe para onde correr. Você se descobre vendo chamas e escuta o som da explosão, que perfura-lhe os ouvidos". Prossegue: "Quando o Exército israelense se aproxima, você precisa abandonar o seu local imediatamente. Então, você não sabe o que levar o que deixar".    

Um alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Turk informou  que foram mortos, diariamente, em Gaza, nesses últimos dez meses, em torno de 130 pessoas. Acrescentou que: "A magnitude da destruição de casas, hospitais, escolas e locais de culto pelo Exército israelense é profundamente chocante. Essa situação inimaginável se deve em grande parte às violações recorrentes das normas de guerra por parte das forças de defesa israelenses". As cenas são horripilantes: um pai sai para registrar dois filhos, mas quando retornou com o documento em mãos, os filhos já não viviam, face a ataque das forças criminosas de Israel. O que consterna e revolta o cidadão comum é constatar essa realidade diária na Palestina e os carniceiros continuarem com o objetivo de acabar com a vida de todos os palestinos. Ninguém toma medida séria e eficaz para evitar esse morticínio. O maior responsável situa-se no governo dos Estados Unidos, que incentivam o crime, quando financiam Israel para continuar nesse caminho.    

O mundo já não se sensibiliza com as narrativas diárias de palestinos que perderam tudo o que tinha, e muito mais, destruiram suas famílias. É afrontosa a matança na Palestina e os soldados não alimentam nenhum sentido de justiça ou piedade, substituída pela grita de vingança. Mas vingar, o que? Os homens, mulheres e crianças que são atacados não merecem destino tão cruel. Os povos de outros países temem o enfrentamento dos furiosos militares israelenses, armados até os dentes para acabar com a vida de quem contesta sua superioridade. Os palestinos pensaram encontrar naquela região um local para viver, mas depararam com a realidade da guerra interminável. É uma guerra atrás da outra e de nada serviu a decisão para ocupação de território a eles destinado. Os israelenses não aceitam a ocupação da área pelos palestinos e por isso alimentam sempre a intenção de acabar com homens e mulheres de raça que não a sua.

Salvador, 25 de agosto de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


     



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