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domingo, 4 de agosto de 2024

EX-ASSESSOR DE BOLSONARO CONTINUA PRESO, SEM FUNDAMENTO

O ex-assessor para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, está preso desde fevereiro. Trata-se de prisão preventiva decretada, sem condenação alguma, pelo ministro Alexandre de Moraes. A Procuradoria-geral da República que, inicialmente, manifestou-se pela prisão, reviu seu posicionamento, e passou a defender liberdade para Filipe. Em outro posicionamento recente, a Procuradoria insiste na liberdade de Filipe, porque "não há indicativos" de fuga, justificativa inicial da prisão. O ministro fundamenta a prisão no fato de que Filipe deixou o Brasil "a bordo do avião presidencial no dia 30.12.2022, rumo a Orlando/EUA". A Polícia Federal e Moraes embasaram essa afirmação de fuga, porque, em outubro/2023, "um colunista do Metrópoles afirmou equivocadamente que Martins deixou Brasília, foi a Orlando em 2022 e evaporou".   

O motivo para a prisão, fuga, foi comprovado, é falso. Neste sentido o Metrópoles, em junho, corrigiu o erro do artigo original: "Martins forneceu informação ao STF que mostrava que ele estava no Brasil naquela data. Ele nunca esteve no avião e não entrou nos EUA em dezembro". O jornal Folha de São Paulo em "dados de geolocalização do telefone celular de Filipe Martins (...) mostram que o aparelho estava no Brasil no período entre 30 de dezembro de 2022 e 9 de janeiro de 2023". Ademais, em informação do governo atual, atendendo pedido de acesso à informação, consta que "a lista completa de quem viajou no referido voo da FAB (que levou Bolsonaro a Orlando em 30 de dezembro de 2022)". Na relação não consta o nome de Filipe Martins. Moraes ainda não atendeu às duas manifestações da Procuradoria e, em maio, rejeitou o pedido de liberdade para o ex-assessor. Todavia, a Procuradoria insistiu e pediu a liberdade para Martins nesta semana. O certo é que Filipe Martins não cometeu crime algum, pelo menos até o momento, e continua há seis meses preso, por manifestação pessoal e sem fundamento do ministro Alexandre de Moraes.  

 

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