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sábado, 24 de agosto de 2024

LULA EM CIMA DO MURO

Venezuelanos protestam contra Maduro
Um grupo de 30 ex-presidentes da América Latina e da Espanha publicou ontem, 23, uma carta sobre a decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela. Os assinantes classificam o ato da Justiça venezuelana de golpe de Estado de "chancelar a contestada reeleição do ditador Nicolás Maduro". Entre os signatários da carta estão o presidente da Argentina, Mauricio Macri, o paraguaio Mario Abdo, o uruguaio Luis Alberto Lacalle Pou, o colombiano Iván Duque e o mexicano Felipe Calderón. Está escrito na carta: "Esta decisão constitui um típico golpe de Estado contra a soberania popular, expressa na clara decisão dos venezuelanos de eleger Edmundo González Urrutia como presidente da República em 28 de julho". O texto do documento assegura que o Tribunal Supremo de Justiça "usurpa as competências constitucionais do Poder Eleitoral venezuelano para validar e entregar o poder ao ditador Maduro". Integram a rejeição ao posicionamento do Tribunal de Maduro a União Europeia e a OEA.   


Na quinta-feira, 22, o Tribunal, totalmente manobrado por Maduro legitimou a eleição de Maduro em 28 de julho, proibindo a publicação das atas, que "deveriam ficar sob tutela judicial". O Supremo manifestou depois que o ditador Maduro pediu para os magistrados validar o resultado oficial. Antes do Tribunal, o Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro como vencedor com 52% dos votos, contra 43% de González; todavia não apresentou as atas para comprovar o resultado. Os subscritores da carta pedem que "a comunidade internacional deve impedir a consolidação do golpe de Estado em curso na Venezuela", além de reclamar "medidas reais e eficazes contra os responsáveis por este atentado à ordem democrática e pelos crimes contra a humanidade cometidos no país". A oposição, baseada em atas eleitorais, assegura que cerca de 80% das atas eleitorais das mesas de votação conferem a González 67% dos votos e 30% para Maduro. Os números apresentados são ratificados por análises independentes como o The New York Times, o The Washington Post e observadores independentes do Carter Center. Somente o presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva e o presidente da Colômbia não assinaram no documento. Enfim, Lula permanece em cima do muro, não rejeita, nem acomoda Maduro no seu ninho.    



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