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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

MILITARES DEFENDEM A CORRUPÇÃO

Os chefes militares da Venezuela apressaram para ratificar "lealdade absoluta" ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro e ainda enalteceram o "espírito republicano" do ditador; no mesmo caminho, a polícia do país rejeitou pedido do presidente eleito, impedida sua posse, Edmundo González Urrutia. O candidato eleito divulgou documento, onde fazem "um chamado à consciência dos militares e policiais para que se coloquem ao lado do povo e de suas próprias famílias". A resposta veio através de manifestação do almirante-em-chefe da Forma Armada Nacional Bolivariana, Remigio Ceballos Ichaso e do ministro da Defesa, general Vladímir Padrino López que acusam a oposição de terem uma "larga e obscura trajetória como promotores de ações radicais e absolutamente inconstitucionais, antidemocráticas, contrárias a todas as leis e aos mais elevados interesses do povo da Venezuela".   

A manifestação dos militares é insensata e foge á realidade da Venezuela. Admite-se a "lealdade absoluta", pois Maduro proporciona aos militares vantagens indevidas com o comando de vários órgãos estatais, onde campeia a corrupção. Todavia, respaldar "espírito republicano" do chefe de Estado é mentira deslavada, pois acontece exatamente o contrário, ou seja, Maduro pratica abertamente, com apoio dos militares, o espírito anti-republicano e golpista. Afinal, ele tem sido eleito por eleições fraudulentas e a de 28 de julho é cantada em versos pelo mundo democrático. Será que o mundo está errado e Maduro e os militares estão certos? A força do dinheiro e do poder responde à indagação. O cientista político da Universidad Central de Venezuela, José Vicente Carrasquero Aumaitre, comenta à inusitada nota dos militares: "Por exemplo, há concessões de minas de ouro em nome de Mitchel Padrino, apenas por ser filho de Vladímir Padrino López".     


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