Antônio Delfim Netto, ex-deputado, ex-ministro e economista morreu hoje, 12, em São Paulo, depois de uma semana internado no Hospital Israelita Albert Einstein. Delfim completou 96 anos e deixa uma filha e um neto. Na condição de ministro, em 1968, ele assinou o AI-5, responsável por muitas prisões e mortes; ele era respeitado no meio militar, durante a ditadura. Delfim participou dos anos negros do Brasil, quando os militares fecharam o Congresso e suspenderam o habeas corpus para presos políticos. Mas, o rápido crescimento do país ficou conhecido como "Milagre Econômico", apesar da inflação descontrolada, do endividamento do Estado e do aumento das desigualdades sociais.
Mas Delfim Neto tinha qualidades; aos 38 anos, em 1967, tornou-se ministro da Fazenda do ex-presidente Costa e Silva e aí permaneceu por mais de sete anos. Entre 1968/1973, com o slogan "exportar é o que importa", o Brasil cresceu 11,1% e o poder aquisitivo da classe média melhorou substancialmente. Ao lado disso, a dívida do país cresceu, o salário mínimo diminuiu e Delfim foi acusado de arrocho salarial. Delfim ocupou a disputada Embaixada do Brasil na França, nos anos 1975/1977 e tornou-se ministro da Agricultura no governo João Figueiredo, onde permaneceu por pouco tempo, saindo para ser ministro do Planejamento entre os anos de 1979/1985. Em 1987 elegeu-se deputado federal e permaneceu por cinco mandato, pelo estado de São Paulo.
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