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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

SOBRE ELEIÇÃO NA VENEZUELA

O professor Raphael Vasconcelos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, acompanhou a eleição de 28 de julho, em Caracas, a convite do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. A votação na Venezuela obedece a um ritual seguro e o melhor da região: o eleitor dá o voto na urna eletrônica e o voto físico em outra urna. Esta é aberta em 54% dos colégios e compara com o boletim da eletrônica, segundo explica o professor. Na última eleição mais de 12 milhões de venezuelanos votaram. Mas o professor não tem boas lembranças do curto período em Caracas; ele diz que "teve de correr para o bunker dentro do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), em Caracas, logo após a eleição...", porque, poucos instantes antes, Nicolás Maduro foi declarado reeleito e os opositores contestavam o resultado com explosões e os observadores à busca de proteção.  


Vasconcelos saiu do local, foi ao hotel apanhou suas malas e seguiu para o aeroporto de Maiquetía para retornar ao Brasil. Mais de 2 mil pessoas foram presas pelo regime de Maduro, além de 25 mortes, em protestos registrados no país. Vasconcelos foi secretário do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul e declara decepcionado com a omissão do Conselho em detalhar a votação, limitando-se a proclamar Maduro como reeleito. O professor Raphael elaborou um relatório, em nome do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Direito Internacional, NEPEDI, da UERJ, e pedia divulgação dos dados pelas mesas eleitorais. Estados Unidos e muitos outros países, além da imprensa como o New York Times, declararam que a vitória foi da oposição e houve fraude nos resultados apresentados pelo CNE. Por outro lado "analistas independentes de pesquisas e eleições revisaram a abordagem dos pesquisadores e disseram que, com base nos números compartilhados, as estimativas pareciam críveis".   



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