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domingo, 18 de agosto de 2024

VENEZUELANOS CONTINUAM PROTESTANDO

Manifestação em Caracas ontem 
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, declarou ontem, 17, que não vai aceitar o resultado eleitoral divulgado pelo ditador Nicolás Maduro. Ela assegurou: "Não vamos deixar as ruas. Faremos com que cada voto seja respeitado". Essa foi a primeira aparição pública de Corina, desde 3 de agosto. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado por Maduro, proclamou o ditador como vencedor da eleição do dia 28 de julho com 52% dos votos contra 43% do ex-diplomata Edmundo González Urrutia e 5% de oito candidatos minoritários. Todavia, nunca foi publicada a contagem dos votos por mesa, nem dado conhecimento das atas eleitorais. A oposição mostra que o resultado, de conformidade com 80% das atas, confere vitória a Urrutia que venceu com 67% dos votos. 


A oposição promoveu atos de protestos em quase todo o país, ontem, 17, quando o povo compareceu em massa. A líder oposicionista declarou que o resultado das eleições "surpreendeu um regime que está totalmente desconectado da realidade". O candidato vitorioso, González e Corina estão sendo perseguidos pelo governo que determinou investigação para apurar atos de violência e tentativa de golpe, pedindo a prisão deles, motivando a clandestinidade dos dois líderes. Depois da manifestação de ontem, o caminhão usado foi confiscado pelas autoridades venezuelanas. A oposição assegurou que "o regime roubou o caminhão utilizado por María Corina Machado e Edmundo González para eventos e mobilizações em todo o país". A violência policial causou a morte de 25 pessoas e mais de 2.400 detidas. Quase 8 milhões de pessoas deixaram a Venezuela, desde o regime ditatorial implantado por Maduro. Venezuelanos, espalhados pelo mundo, protestaram. Em São Paulo, Madri, em Paris e outras capitais latinas e europeias foram registrados protestos.      

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