O ditador pediu a prisão de González e da líder da oposição María Corina Machado, também na clandestinidade. O professor de ciência política da Universidad Central de Venezuela, José Vicente Carraasquero Aumaitre, denominou o pedido de prisão de González como "a crônica de uma morte anunciada". Disse mais: "O fato de ele não ter atendido a reiteradas convocações do Ministério Público abriu caminho para a solicitação e a ordem de captura. A cúpula do regime de Nicolás Maduro deseja fazer todo o possível para tirar Edmundo do jogo e pressioná-lo para que peça asilo em uma embaixada ou abandone a Venezuela". Aumaitre explica que tentou prender quem venceu as eleições presidenciais. "O pedido do Ministério Público é bastante questionável. Acusaram Edmundo González de "usurpar funções por ter publicado as atas de apuração, que não foram divulgadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Depois afirmaram que as atas foram falsificadas".
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terça-feira, 3 de setembro de 2024
DITADOR MANDA PRENDER QUEM VENCEU AS ELEIÇÕES
O Ministério Público da Venezuela, manobrado pelo ditador Nicolás Maduro, pediu ontem, 2, a prisão do ex-diplomata e líder da oposição no país, Edmundo González, 75 anos; minutos depois, sem tempo para apreciar o requerimento, o Tribunal Supremo de Justiça deferiu e foi expedida a ordem para prisão de González. Tarek William Saab, da Procuradoria da Venezuela, escreveu: "O tribunal de primeira instância em funções de controle a nível nacional concorda com a ordem de apreensão contra Edmundo González Urrutia por graves crimes". A acusação contra González é de prática dos crimes de usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, instigação à desobediência das leis, conspiração, sabotagem e danos de sistemas e associação para delinquir". González foi intimado a depor no Ministério Público por três vezes, mas não compareceu, porque tinha certeza da intenção do Procurador em prendê-lo. O diplomata, na clandestinidade desde 30 de agosto, assegurou que o Ministério Público atuava como um "acusador político, submetendo um processo "sem garantias de independência e do devido processo".
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