O governo do ditador Nicolás Maduro revogou ontem, 7, a representação pelo Brasil dos interesses do governo da Argentina no país, depois que o embaixador argentino foi expulso, no dia 1º de agosto. O assessor para assuntos internacionais do governo brasileiro, Celso Amorim, declarou ontem, 7, que está "chocado" com a atitude da Venezuela em revogar a custódia da Embaixada Argentina em Caracas. Na diplomacia, a expulsão de um embaixador pode ocasionar a representação do país por outra embaixada. A nota do governo informa: "A República Bolivariana da Venezuela tomou a decisão de revogar de maneira imediata a aprovação concedida pelo governo da República Federativa do Brasil para exercer a representação dos interesses da República Argentina e de seus nacionais em território venezuelano". O pretexto para esta medida é de que a instalação está sendo usada para "atividades terroristas" e tentativas de homicídio contra Nicolás Maduro e contra a vice-presidente Delcy Rodriguez. A diplomacia brasileira assegura que continuará exercendo a representação dos interesses da Argentina, até que outro país assuma a representação, vez que a Venezuela não pode de forma unilateral dissolver a representação argentina.
A diplomacia brasileira informou que o prédio da antiga embaixada argentina, dirigido, atualmente, pelos diplomatas brasileiros, está cercado pelas forças do regime da Venezuela, que, inclusive cortou a energia no prédio. Na embaixada estão asilados seis venezuelanos. Parte da área é alimentada por geradores. Um veículo da polícia venezuelana está estacionado em frente ao local. A expulsão do embaixador argentino aconteceu depois que o governo argentino afirmou que a reeleição de Maduro não foi legítima e a eleição foi fraudada, cenário ratificado pela grande maioria dos países de todo o mundo. O governo da Argentina busca "a emissão de ordens de detenção contra Nicolás Maduro e outros líderes do regime", por parte do Tribunal Penal Internacional. O Brasil continua em cima do muro e não condena o regime, limitando apenas a pedir apresentação das atas eleitorais que Maduro nunca apresentou, apesar de várias promessas".
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