O ex-presidente Jair Bolsonaro deverá ser julgado, sobre os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, ainda no próximo ano. A Polícia Federal concluiu o longo relatório com 800 páginas, envolvendo 37 pessoas, das quais 25 militares, incluindo generais do Exército. Os ministros alegam que é necessário concluir o julgamento no primeiro semestre de 2025 para evitar o calendário eleitoral de 2026, com as eleições presidenciais. O relatório está com o relator, ministro Alexandre de Moraes, que promete remeter para a Procuradoria-geral da República na próxima semana, a quem cabe oferecer a denúncia ou pedir arquivamento. O procurador poderá requerer diligências para emitir sua manifestação. Há outras investigações contra Bolsonaro, na Procuradoria, e, poderão ser juntadas, a exemplo do caso da venda das joias e da falsificação da carteira de vacinação do ex-presidente e de familiares.
Na apreciação da Polícia Federal, Bolsonaro participou de movimento para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, com apresentação de proposta de golpe de Estado. A Marinha, através do comandante Almir Garnier colocou as tropas à disposição para o golpe, segundo narra a Polícia Federal; essa acusação é confirmada pelos comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Júnior. Além da ruptura do poder, militares do Exército formularam planos para o assassinatos de Lula, do vice-presidente, Geraldo Alkmin e do ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro sabia da pretensão do general da reserva Mário Fernandes, vez que ele integrava o governo e encontrou com o então presidente no Palácio do Planalto. O movimento foi iniciado em 15 de dezembro/2022, mas os oficiais cancelaram a missão. Apenas a Aeronáutica não integrou o grupo que prometia romper com a democracia no país.
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