Véronique Béchu chefia o setor de estratégia do Escritório de Menores, na Direção da Polícia Judiciária da França e é autora do livro "Derrière l´Écran: Combater l´Explosion de la Pédocriminalité en Ligne". Ela tem um escritório especializado no combate a crime contra crianças e adolescentes como exploração sexual, assédio e cyberbullying; há dez anos a autora promove investigação de casos de abusos online e diz que as denúncias ultrapassaram "a capacidade de investigação". No livro, a autora instrui os pais como "predadores sexuais usam as redes para se aproximar de suas vítimas". Véronique diz que "dar um celular para crianças sem a devida orientação é como colocar um jovem na estrada sem carteira de habilitação"; esclarece que os "novos meios de comunicação permitem que predadores sexuais entrem mais facilmente em contato com crianças e pratiquem atos como gooming (aliciamento), extorsão (extorsão mediante ameaça) de divulgar imagens íntimas". A autora afirma que as crianças estão tendo acesso à internet muito cedo e sem orientação alguma.
Véronique esclarece que a pessoa que abusa das crianças "não é um monstro", mas um cidadão comum, "e não "se esconde em um canto e só aparece quando quer atacar uma criança, de jeito nenhum". Informa que o "abusador" é encontrado diariamente e pode até ser uma pessoa próxima dos pais que chegam a confiar nele seus filhos. Ela afirma que "a única técnica de investigação que podemos usar é realizar o que chamamos de investigações sob pseudônimo, ou seja, nos passarmos por pedófilos para integrar esses sites da dark web ou esses grupos de aplicativos criptografados". A autora diz que os pais devem proibir o acesso ilimitado das crianças na internet, além de fixar "tempo de tela", de conformidade com a idade do menor. A disponibilidade de um dispositivo digital para um menor deve ser acompanhado com aprendizado.
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