O delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini foi absolvido pela 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal das acusações de prevaricação e de abuso de autoridade, em caso de 2022, envolvendo o ex-procurador-geral da República, Augusto Aras. O Ministério Público Federal denunciou o delegado, porque iniciou investigação contra Aras, sem autorização judicial. A denúncia foi recebida em dezembro/2023. O delegado solicitou busca e apreensão do celular do Procurador, agindo de forma irregular, quando pediu depoimento do então ministro Paulo Goes, à época no Ministério da Economia. O caso remonta à investigação no início de 2022, causada pelo advogado de Paulo Guedes, Ticiano Figueiredo, tentando marcar reunião, fora da agenda de Aras; ele iria tratar da dispensa de Guedes de depoimento na Polícia Federal.
O delegado serviu-se do vazamento da conversa sobre o comparecimento de Guedes e solicitou ao STF busca e apreensão e perícia no celular de Aras, mas o pedido foi negado. Calandrini pediu também depoimento do ex-ministro da Economia, mas também foi indeferido pelo ministro Roberto Barroso. O entendimento do juízo da 12ª Vara Federal foi de que, apesar de questionável a atuação de Calandrini não se configura abuso de autoridade nem prevaricação, porque o trabalho passava pela supervisão de superiores. Ademais, a alta cúpula da Polícia Federal tomou ciência da solicitação do depoimento de Guedes. Calandrini terminou respondendo a processo administrativo interno na Polícia Federal.
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