A 12ª resolução do Conselho de Segurança da ONU, propondo trégua nos enfrentamentos entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, foi vetada ontem, 19, pelos Estados Unidos, que votou contra a proposta, único dos quinze membros; apenas quatro resoluções foram aprovadas, mas sem prever o final da guerra. A justificativa dos Estados para usar o poder de veto é que na resolução não se associava o cessar-fogo à libertação dos reféns. Apenas cinco países tem poder de veto: Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido, porque membros permanentes; as vagas rotativas do órgão são ocupadas atualmente pelo Equador, Japão, Malta, Moçambique e Suíça, mas no próximo ano serão substituídos por Argélia, Coreia do Sul, Eslovênia, Guiana e Serra Leoa. A resolução foi iniciativa dos dez integrantes não permanentes do conselho, que previa também a retirada das tropas de Israel de Gaza. O documento estabelecia a libertação das 101 pessoas, sequestradas pelo Hamas, no 7 de outubro; das 102, 34 estão mortas.
Apesar do esforço para aprovar a resolução do cessar-fogo, Israel costuma violar decisões que não não sejam convenientes e a desobediência não tem maiores repercussões. É que a punição por desrespeito à resolução com sanções econômicas ou outras, depende dos membros permanentes e, certamente, também, neste caso, Estados Unidos usarão o poder de veto. Majed Bamya, embaixador adjunto da Palestina na ONU, declarou que não havia "absolutamente nenhuma justificativa" para os Estados Unidos vetarem a proposta que buscava "impedir atrocidades". Pelo menos 44 mil palestinos morreram na guerra e invasão de Israel que continua matando também crianças, mulheres e idosos.
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