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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

LEITURA DE SENTENÇA SÓ EM 2029

Os promotores de Nova York posicionaram-se para que a sentença contra Donald Trump só seja publicada no final do mandato, em 2029. Inexplicável é que ele foi condenado, em 30 de maio, por um júri composto por 12 pessoas, mas a publicação ficou para mais de quatro anos depois da audiência condenatória. O presidente eleito responde por 34 acusações de falsificação de registros empresariais para encobrir pagamentos à atriz pornô Sormy Daniels, evitando acusação de ter mantido relações sexuais, pouco antes das eleições de 2016. Trump comprou o silêncio da atriz por US$ 130 mil. A publicação dessa sentença foi adiada pelo juiz Juan Merchan, por inúmeras vezes: inicialmente foi marcada para 25 de março, depois adiada para 11 de julho, depois para setembro, depois para novembro e agora só em 2029. Trump tornou-se o primeiro e único presidente dos Estados Unidos a ser réu. É a bruta chicanagem na Justiça americana. Os advogados questionaram sobre imunidade de Trump, quando ele nem era candidato, depois nem foi eleito e agora conseguiram tudo o que queriam, sob o fundamento de o criminoso ter sido eleito presidente do país. 


A tese de imunidade presidencial foi reconhecida pela Suprema Corte, em julho, mas nada a ver com a simples leitura de uma condenação tomada pelos jurados, em maio. E mais: "ex-presidentes não podem ser processados por ações realizadas no curso de sua administração", disse a Suprema Corte. A sentença poderia punir Trump com reclusão de até quatro anos pelo crime cometido. Todavia, com a chicanagem da Justiça americana, a simples leitura da sentença pronta há meses, não se sabe se ou quando vai acontecer. Tudo pode ocorrer nesse período, inclusive a anulação do julgamento pelo juiz. É assim a legislação americana, quando envolve pessoas importantes. Os promotores já pediram ao magistrado para fixar data a fim de resolver a questão.



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