Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha no período de 2005 a 2021, lançará, na próxima semana, seu livro de memórias, mas somente em alemão e inglês: "Liberdade: Memórias 1954-2021". Em entrevista à revista alemã Der Spiegel, ela conta sua vida, sua carreira política e seu relacionamento com líderes de vários países. Merkel mostra-se inquieta com o segundo mandato de Donald Trump, principalmente porque ele terá no seu gabinete Elon Musk. Isso importa concluir que da autoridade política para influir no governo, passa-se para a autoridade das empresas, através do capital ou da capacidade tecnológica. Afinal, Musk é dono da maioria dos satélites em órbita e isso constitui motivo de preocupação. No livro, concluído antes da reeleição de Trump, Merkel escreve sobre o encontro que teve com o presidente eleito, em 2017, quando ela deslocou-se a Washington.
Sobre Trump, está escrito no livro: "Ele julgava tudo da perspectiva do empresário do ramo imobiliário que havia sido antes de entrar na política. Cada pedaço de terra só podia ser vendido uma vez, e se ele não o conseguisse, outra pessoa o faria. Era assim que ele via o mundo". Adiante ela diz que "Ele acreditava que todos os países estavam em competição uns com os outros, em que o sucesso de um era o fracasso do outro. Ele não acreditava que a prosperidade de todos poderia ser aumentada por meio da cooperação". Merkel tece considerações sobre a impressão de Trump sobre Putin: "Ele estava claramente muito fascinado com o presidente russo. Nos anos seguintes tive a impressão de que era atraído por políticos com tendências autocráticas e ditatoriais".
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