O presidente da Argentina, Javier Milei, em entrevista ao jornal La Nación, na quinta feira, 21, afirmou que sua relação com a vice é "meramente institucional", limitada ao "necessário para cumprir nossas funções". Ele disse que Victoria Villarruel, 49 anos, "não tem nenhuma ingerência na tomada de decisões" e ela não participa de reuniões de gabinete. Milei acusou sua substituta dele estar "próxima do círculo vermelho", referindo-se ao comunismo; todavia, Villarruel originas-se de família de militares argentinos e afirma que a ditadura militar no país, entre 1976 e 1983 foi "guerra" contra o comunismo. A vice-presidente acumula o cargo de presidente do Senado e Milei não possui maioria nas duas casas do Congresso. A pessoa de confiança de Milei é sua irmã, que desempenha o cargo de secretária de governo na gestão.
O desentendimento entre Milei e Villarruel tem sido noticiado pela imprensa; em julho, a vice-presidente defendeu jogadores argentinos, flagrados "entoando cânticos racistas sobre a origem africana de jogadores da seleção francesa de futebol". Karina Milei, a irmã do presidente, em nome do governo, pediu desculpas às autoridades francesas pela "Negacionista da ditadura militar argentina". Em evento, em setembro de 2023, Villarruel declarou: "É hora de reivindicar aqueles que lutaram contra os grupos terroristas que tentaram instalar o comunismo na Argentina e que hoje estão presos injustamente por uma Justiça enviesada e manipulada pela esquerda".
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