O conselheiro Marco Antônio Barbosa de Alencar, do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, responde na Corte Especial do STJ, a processo pela prática do crime de lavagem de dinheiro. A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal refere ao recebimento de propinas no Tribunal para auditar contratos entre empreiteiras e o governo do Estado. Trata-se da Operação Quinto do Ouro, responsável pela investigação de pagamento de propinas a integrantes do Tribunal de Contas do Rio, nos contratos celerados pelo Estado com financiamento da União. Além desta acusação, o conselheiro responde a mais duas ações penais no STJ; em uma delas, iniciada em 2019, ele responde, juntamente com o conselheiro Domingos Brazão, este preso sob acusação de mandante da morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
No terceiro processo contra o conselheiro, é denunciada também sua esposa, Patrícia Mader de Alencar, as duas filhas, Érike, ex-atriz da Globo, Fernanda e um empresário, beneficiado com colaboração premiada. Os crimes aconteceram ente 1999 e 2016. Em sessão da Corte Especial do STJ, na quarta-feira, 4, o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, deu explicações sobre o crime de lavagem de dinheiro; em um dos casos, o conselheiro ocultou valores em contas não declaradas no exterior. A denúncia diz que "o conselheiro manteve em seu nome e de sua esposa, nos Estados Unidos, duas contas bancárias não declaradas, que eram alimentadas com valores recebidos de corrupção". Depois de encerrar as contas, o conselheiro abriu novas contas em offshore para suas duas filhas.
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