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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

FRAUDE NAS ELEIÇÕES

Foram registradas nas eleições de 2024 compra em massa de votos, através da transferência coletiva e ilegal de títulos de eleitores de uma para outra zona eleitoral. Esse cenário tem-se repetido através dos tempos, mas, em 2024, chamou a atenção da Polícia Federal e da Justiça Eleitoral. Nas investigações foram efetuadas muitas prisões de pessoas que fraudaram as eleições para prefeito e vereadores. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o TSE mostrou os abusos cometidos em 82 municípios, a maioria com menos de 10 mil habitantes, mas com as transferências tiveram crescimento de 20 a 46% no número de eleitores. Assim, contabiliza-se 58 cidades nas quais os eleitores registradas representam maior número do que as populações locais; em outros municípios, com 15% de crescimento no eleitorado, o número passa para 229 municípios. Em São Paulo, por exemplo, na cidade de Fernão, com 1.656 habitantes, Censo de 2022, evidentemente contadas as crianças e adolescentes que não votam, o eleitorado foi maior que a população, 1.754, dos quais 17% somente de transferências de títulos. Em Fernão, o candidato Bill foi eleito prefeito com diferença de apenas um voto. Ele está sendo questionado pelo Ministério Público e o juiz Felipe Guinsani suspendeu sua diplomação. Todavia, a liminar do juiz foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.


Em Minas Gerais, na cidade de Divino das Laranjeiras, com 4.178 habitantes, Censo de 2022, o número de eleitores foi de 4.968. O Ministério Público atuou com pedido de anulação da transferência de 38 eleitores. A Polícia Federal já constatou a transferência ilegal de aproximadamente mil títulos. Na eleição, o candidato Emanuel Antonio Siqueira venceu com diferença de 268 votos. Situações semelhantes foram anotadas nos municípios de Elesbão Veloso, no Piauí, em Águas Rasas, em Guarinos, e Aragoiânia, em Goiás, Mangaratiba/RJ, além de muitos outros municípios onde a fraude foi escancarada.


 

 




 

 

 

 

 


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