A vitória do candidato do governo, Daniel Chapo, nas eleições presidenciais, desencadeou distúrbios que causam a morte de pelo menos 125 pessoas, desde a segunda-feira, 23, segundo a ONG Plataforma Decide. Os números apresentados pelo governo são de apenas 21 mortes em 24 horas e 24 feridas. O candidato governista foi confirmado pelo Conselho Constitucional com 65% dos votos e a Frente de Libertação de Moçambique vence a eleição desde a independência de Moçambique de Portugal, no ano de 1975. O candidato da oposição, segundo o Conselho Constitucional conseguiu apenas 24% dos votos e ele denunciou fraude eleitoral passiva. Venâncio Mondlane, o candidato da oposição, declara vencedor do pleito e convocou os protestos.
O ministro do Interior, Pascoal Ronda, declarou na terça-feira que centenas de edifícios foram saqueados, incluindo delegacias de polícia, escolas, hospitais, tribunais e residências. Esclareceu o ministro: "Esses atos representam uma ameaça direta à estabilidade, à segurança pública e aos valores de nosso jovem democracia". O temor do desabastecimento provoca longas filas nos postos de gasolina, na cidade de Maputo. O caos econômico no país avantaja ainda mais as dificuldades de uma nação com 33 milhões de habitantes.
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