Críticas ao Judiciário brasileiro com condenações de relações de autoridades públicas com o setor privado e outras ações dos ministros do STF, constituíram tema do jornal alemão Handelsblatt, que trata de assuntos relacionados com a economia e negócios. Um dos exemplos citado pelo jornal refere-se ao ministro Gilmar Mendes, fundador do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, que organiza, anualmente, evento com elites econômica e política do Brasil. Nessa ocasião, Mendes reune juízes, advogados, procuradores, empresários e outros, buscando "definir os rumos do país". O encontro que se realiza, em Portugal, onde Mendes tem um apartamento, foi apelidado de "Gilmarpalooza", referindo-se ao festival de música Lollapalooza.
A reportagem do jornal alemão, invoca o testemunho do professor de direito público da Universidade de São Paulo, Conrado Hubner, responsável pela classificação do evento como uma "grande reunião de lobby". O jornal prossegue assegurando que "em outras palavras, os juízes e procuradores são oficialmente convidados por aqueles que estão atualmente processando ou prestes a julgar". A matéria diz que "ao longo de 36 anos de democracia, a Justiça do Brasil se transformou em uma verdadeira elite que recebe altos salários e privilégios incomuns, comparáveis aos da corte portuguesa no período colonial".
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