No primeiro dia do cessar-fogo, nesse domingo, o Hamas vai libertar três reféns, quatro no sétimo dia, após o que as liberdades serão concedidas semanalmente. O Hamas assumiu que entregará os corpos dos mortos. O conflito teve início em outubro de 2023, quando, em 7 de outubro, o Hamas atacou um grupo de israelenses, levando mais de 100 para o cativeiro, que permanecem até o presente. Atuaram para a paz, os governos dos Estados Unidos, do Catar e do Egito. O anúncio do cessar-fogo deu-se em Doha, pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegura que a proposta de acordo foi apresentada em maio/2024 e aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. Em Gaza, o povo saiu às ruas para festejar a paz, mas em Tel Aviv reclama-se pela volta dos reféns. Todavia, as negociações vão prosseguir entre Israel, Hamas, Estados Unidos, Egito e Catar, com as outras fases do acordo celebrado. A dificuldade reside na administração de Gaza, completamente destruída pelos israelenses, que transformaram bairros em terrenos baldios, ocupados por entulhos e um monte de detritos. A ONU diz que a reconstrução do país levará 350 anos, se o bloqueio permanecer.
Nessa primeira fase do acordo, as tropas israelenses recuarão para uma zona de segurança de um quilômetro de largura, ainda dentro de Gaza, nas fronteiras com Israel. Existem ainda desentendimentos entre Israel e o Hamas, principalmente sobre a insistência de Israel em controlar o movimento de palestinos para o norte, visando garantir que o Hamas não transportará armas. Durante o período da guerra, os israelenses isolaram o norte de Gaza, removendo a população palestina e montando bases. Na primeira fase, será permitida a entra de ajuda em Gaza de centenas de caminhões por dia, com alimentos, medicamentos, suprimentos e combustível. Todavia, o noticiário de hoje já mostra Netanyahu anunciando que não acertará "todos os termos do acordo". Os palestinos perderam suas casas e tiveram de deslocar para acampamentos.
Salvador, 19 de janeiro de 2025.
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