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domingo, 19 de janeiro de 2025

ISRAEL DEIXA GAZA EM RUÍNAS

Depois que Israel matou quase 48 mil pessoas na Faixa de Gaza, depois de várias tentativas de cessar-fogo, no curso desse mais de um ano de guerra, encerraram, oficialmente, os combates, a partir de hoje, 20. O acordo comporta fases, e nessa primeira, está previsto o cessar-fogo por 42 dias, após o que inicia uma segunda fase e não será surpresa se Israel voltar a atacar, mesmo com alguns reféns ainda em poder do Hamas. Para obtenção da paz, está prevista a libertação gradual de todos os cem reféns, ainda sob controle do Hamas, seguida da retirada das tropas israelenses de Gaza, além da libertação de palestinos presos em presídios israelenses. Na primeira fase, 33 dos 100 reféns, sob poder do Hamas, serão libertados e devolvidos a Israel. Militares dizem que um terço deles estão mortos. Todas as mulheres, crianças e idosos serão soltos. Israel matou e humilhou os palestinos ao ponto de impedir que moradores de Gaza cruzem a fronteira para o Egito; esse aliás foi um tema difícil para encontrar a paz. As partes envolvidas na guerra e na paz são Israel e o Hamas.

No primeiro dia do cessar-fogo, nesse domingo, o Hamas vai libertar três reféns, quatro no sétimo dia, após o que as liberdades serão concedidas semanalmente. O Hamas assumiu que entregará os corpos dos mortos. O conflito teve início em outubro de 2023, quando, em 7 de outubro, o Hamas atacou um grupo de israelenses, levando mais de 100 para o cativeiro, que permanecem até o presente. Atuaram para a paz, os governos dos Estados Unidos, do Catar e do Egito. O anúncio do cessar-fogo deu-se em Doha, pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegura que a proposta de acordo foi apresentada em maio/2024 e aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. Em Gaza, o povo saiu às ruas para festejar a paz, mas em Tel Aviv reclama-se pela volta dos reféns. Todavia, as negociações vão prosseguir entre Israel, Hamas, Estados Unidos, Egito e Catar, com as outras fases do acordo celebrado. A dificuldade reside na administração de Gaza, completamente destruída pelos israelenses,  que transformaram bairros em terrenos baldios, ocupados por entulhos e um monte de detritos. A ONU diz que a reconstrução do país levará 350 anos, se o bloqueio permanecer.   

Nessa primeira fase do acordo, as tropas israelenses recuarão para uma zona de segurança de um quilômetro de largura, ainda dentro de Gaza, nas fronteiras com Israel. Existem ainda desentendimentos entre Israel e o Hamas, principalmente sobre a insistência de Israel em controlar o movimento de palestinos para o norte, visando garantir que o Hamas não transportará armas. Durante o período da guerra, os israelenses isolaram o norte de Gaza, removendo a população palestina e montando bases. Na primeira fase, será permitida a entra de ajuda em Gaza de centenas de caminhões por dia, com alimentos, medicamentos, suprimentos e combustível. Todavia, o noticiário de hoje já mostra Netanyahu anunciando que não acertará "todos os termos do acordo". Os palestinos perderam suas casas e tiveram de deslocar para acampamentos.

Salvador, 19 de janeiro de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 


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