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Trump na sala de julgamento |
Em decisão surpreendente a Suprema Corte dos Estados Unidos, que sempre esteve alinhada com os desejos de Donald Trump, rejeitou seu pedido ontem, 9, para impedir o anúncio da sentença da Justiça de Nova York sobre o caso da ex-atriz Stormy Daniels. A decisão foi apertada, quatro para manter e 3 votos para suspender a publicação da sentença. Com isso o juiz Juan Mechan anunciará a condenação do presidente eleito, hoje. O deferimento do pedido de Trump importaria em inocência pela prática do crime, vez que, as leis americanas não permitem que um presidente seja processado após assumir a Casa Branca. Neste caso, Trump enfrentou um júri popular, composto por 12 integrantes do colegiado, em maio/2024 e foi condenado em todas as acusações. Trata-se do envolvimento com a ex-atriz pornô, Stormy Daniels, em 2016, antes das eleições; para conseguir o silêncio do caso, o advogado de Trump, Michael Cohen, pagou à Daniels e Trump repassou-lhe o valor, quando estava na Casa Branca, e ocultou os pagamentos, contabilizando como despesas legais, tudo isso para evitar o escândalo e possível prejuízo na eleição que ele saiu vencedor. A Promotoria deu parecer contrário a eventual prisão de Trump e que a sentença só seja publicada a partir de 2029, quando ele deixará a Casa Branca.
A defesa do presidente eleito usou todos os meios para evitar a publicação da sentença; na quarta-feira, 8, ingressou com recurso de urgência na Suprema Corte, depois que um tribunal de apelação de Nova York negou o pedido para suspender a audiência de publicação; no dia seguinte, 9, a juíza da Corte de Apelação de Nova York, Jenny Rivera, manteve a realização da audiência. Os advogados insistiram, alegando a imunidade concedida em julho pela Suprema Corte. O promotor Alvin Bragg manifestou à Suprema Corte para não atender ao requerimento de Trump, porque ele era um cidadão privado quando foi "acusado, julgado e condenador por uma conduta que ele admite que é totalmente não oficial". A publicação do julgamento importa em admitir que o presidente eleito será o primeiro presidente na história do país a ser condenado pela Justiça penal. Trump ainda tem quatro casos para julgamento, mas estarão suspensos nesses quatro anos; ele não deixou de atacar o juiz, chamando-o de "corrupto".
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