O presidente da Argentina, Javier Milei, recebeu na terça-feira, 25, o prêmio de "Economista do ano", em evento realizado na Casa Rosada; o prêmio foi entregue pelo economista Manuel Enríquez García e contou com a presença de membros da Ordem dos Economistas do Brasil. A justificativa para conferir a distinção ao presidente Milei diz que ele "tem atuado com sabedoria e determinação nas políticas monetárias e regulatórias, que desempenham um papel crucial na estabilização da economia argentina em meio a desafios significativos". Sabe-se da artimanha para premiar o presidente; é que o economista que entregou o prêmio está impedido de exercer cargos públicos por fraudes, de conformidade com decisão do Tribunal de Contas da União, datada de 2019, e teve o registro suspenso por questões éticas. O fundamento da punição foi por "utilizar sua posição de diretor para obter vantagens indevidas", enquanto dirigia o Conselho Econômico em São Paulo.
Garcia presidia a Corecon entre 2012/2014 e 2016/2018 e utilizava o cargo para "cometer irregularidades e crimes além de obter benefícios e vantagens pessoais". O Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo assegurou ontem, 26, que recebeu a notícia com "surpresa" e que a entidade "não representa os economistas brasileiros". Está escrito na nota: "Esclarecemos que o prêmio ao Presidente da Argentina não foi entregue pela entidade que representa os Economistas brasileiros. A referida Ordem é uma organização da sociedade civil com pouquíssimos associados com suas contribuições em dia e representa somente esse restrito público". Prossegue a nota: "o Sr Manuel Enriquez Garcia teve o seu registro de Economista suspenso pelo Cofecon por questões éticas, tendo o Tribunal de Contas da União (TCU) considerado procedentes as denúncias de irregularidade cometidas em sua gestão quando foi presidente do Corecon-SP".
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