Os argentinos saíram de casa, ontem, 1º, para protestar contra o presidente Javier Milei, devido ao seu discurso no Fórum de Davos/Suiça, tratando do feminismo e da comunidade LGBT. A manifestação foi convocada por movimentos feministas e coletivos de diversidades sexuais, que levaram faixas como "Resistência trans" ou "Nem um passo atrás". Participaram do evento organizações de direitos humanos, líderes da oposição, sindicatos, aposentados e artistas, a exemplo das cantoras María Becerra e Lali Espósito. O motivo maior dos protestos, em várias cidades argentinas, reside na intervenção de Milei no Fórum Econômico de Davos, no dia 23 de janeiro, quando criticou o feminismo radical e censurou o feminicídio. Agravou ainda mais a repulsa ao governo, porque o ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, assegurou que o Governo vai trabalhar para eliminar a figura do feminicídio do Código Penal.
O governo proporá projeto de lei, visando eliminar documentos de identidade não binários, sancionada em 2021, além de extinguir as cotas trans de 1% para pessoas transgênero. Milei não cansa de imitar e admirar o governo de Donald Trump e isso incomoda os argentinos. A socióloga e ativista Luci Cavallero comentou: "O discurso de Milei produziu um dano nas sensibilidades de uma parte muito importante da população, e isso catalisa um mal-estar já existente em muitos setores".
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