Na noite de terça-feira, 4, no primeiro pronunciamento no Congresso americano, o presidente Donald Trump mentiu bastante. A invenção cabeluda, nesses quarenta e cinco dias, situa-se na afirmação de que os Estados Unidos ajudaram mais a Ucrânia dos que os europeus. Trump disse que seu país gastou US$ 350 bilhões e os europeus US$ 100 bilhões. O Instituto Kiel para a Economia Mundial assegura que os Estados Unidos despenderam entre fevereiro/2022 e 31 de dezembro/2024 o montante de US$ 114 bilhões. A Europa, incluindo a Turquia, no mesmo período, ajudaram a Ucrânia com US$ 132 bilhões. Sobre o acordo climático de Paris, disse Trump: "Eu retirei (os EUA) do injusto Acordo Climático de Paris, que nos custou trilhões de dólares, que outros países não pagaram". O Acordo Climático de Paris teve início em novembro/2016 e visa garantir temperatura média global, inferior a 2ºC. Nesses anos todos, os Estados Unidos direcionou US$ 27,5 bilhões em programas internacionais de proteção climática. Somando todas as ajudas nunca chegariam aos trilhões falado por Donald Trump.
Donald Trump mente quando diz que deu o controle do Canal do Panamá aos panamenhos; na verdade, o controle do canal foi resultado de negociações, fundamentada em dois acordos: Tratado do Canal do Panamá e Tratado de Neutralidade. Trump diz que morreram 38 mil americanos na construção do Canal; outra bruta mentira. Segundo o historiador David McCullough, em livro que retrata a construção do canal, morreram 350 americanos brancos, bem longe dos 38 mil de Trump. O presidente americano continua mentindo sobre o total de pessoas que entraram nos Estados Unidos, nos últimos anos. Não foram 21 milhões, como ele diz, mas 10,8 milhões entre janeiro/2021 a dezembro/2024, mas mesmo assim, muitos entraram, saíram e retornaram. Ademais, não há comprovação alguma de que outros países estão enviando seus criminosos ou portadores de doenças mentais para os Estados Unidos.
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