O escritório de advocacia internacional Hogan Lovells foi contratado pela Eletrobras para realizar investigações corporativas de corrupção e fraudes contábeis, principalmente em operações vinculadas à Operação Lava Jato. Face aos erros cometidos, além das multas, os ex-diretores da empresa estão proibidos de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança em empresas estatais, por prazos fixados. O escritório recebeu a importância de R$ 300 milhões. O Tribunal de Contas, no dia 19 de fevereiro, fixou a multa a ser paga por cada um dos sete ex-diretores da Eletrobras, entre R$ 10 e R$ 70 mil, por irregularidades na contratação. Wilson Ferreira Júnior, que dirigiu a empresa entre 2016 e 2021, recebeu a maior multa individual de R$ 70 mil. Os ex-diretores multados são Alberto Galvão Moura Jardim, Alexandre Vaghi de Arruda Aniz, José da Costa Carvalho Neto, Lúcia Maria Martins Casasanta, Luiz Augusto Pereira de Andrade Figueira e Paulo Roberto Miguez Bastos da Silva.
O escritório foi contratado em 2015 e a área técnica do Tribunal de Contas da União constatou sobrepreço de R$ 189,5 milhões. O pior de tudo isso é que a Hogan Lovells disponibilizou de R$ 260 milhões para subcontratar outras firmas de advocacia e consultorias. Mais de R$ 150 milhões foram destinados a quatro escritórios, um dos quais tinha um sócio Carlos Fernando dos Santos Lima, ex-procurador da Lava Jato. O ministro relator, Benjamin Zymler, mostrou o absurdo com a falta de estudos técnicos apropriados para possibilitar a contratação do escritório de advocacia, e confirmou a discrepância entre o montante desembolsado e os resultados obtidos. O caso será levado ao Ministério Público Federal para apuração. Interessante é que a contratação inicial foi de pouco mais de R$ 6 milhões, mas com reajustes aditivos subiu para R$ 340 milhões, dos quais R$ 300 mil pagos.
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