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segunda-feira, 17 de março de 2025

EVO MORALES, COM MANDADO DE PRISÃO, QUER DISPUTAR A PRESIDÊNCIA!

Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, entre 2006 e 2019, está tentando ocupar mais uma vez o cargo, na eleição do próximo mês de agosto; todavia, não está fácil, pois Morales responde a processos por tráfico humano e estupro de menor e tem mandado de prisão, expedido pela Justiça local, além de promessa de um bilionário por sua captura, com recompensa de US$ 1 milhão; ele se esconde num complexo de cultivadores da coca e é protegido por seguidores, que controlam as rodovias em torno da cidade de Laura Ñ, no estado de Cochabamba. O ex-presidente já foi declarado inelegível pelo Tribunal local, mas durante os treze anos que exerceu o poder abusou com troca de juízes, visando garantir seus três mandatos consecutivos. O governo atual passa por dificuldades, face a alta da inflação, escassez de combustível, além da desvalorização da moeda local e Morales quer aproveitar esse cenário para retornar à presidência. No governo de treze anos ele conseguiu agradar ao povo com a nacionalização da indústria de gás, além de atuar fortemente na defesa dos direitos dos indígenas e conseguir melhorar a economia que cresceu a uma taxa de 5%.     

Os apoiadores de Morales, como acontece com ex-presidentes atrabiliários, defendem o líder, alegando que se trata de perseguição política. Em foi acusado de fraudar as eleições, em 2019, mas terminou fugindo para o México, deixando confusão que causou a morte de quase 40 pessoas. O ex-presidente esconde na sede da rádio Kawsachun Coca, direcionada para os cultivadores de coca, usada para produzir cocaína e serve também como remédio; ele vive numa propriedade toda murada. Cochabamba produz em torno de US$ 110 milhões em folhas de coca, por ano. A origem política de Morales deu-se nos anos 1990, como líder de sindicatos e produtores de coca. Um dos protetores de Morales, que usa uniforme camuflado, declarou: "Quem entrar para prendê-lo não sairá vivo". Em 2020, ele retornou, quando seu ex-ministro da Economia, Luis Arce, foi eleito, mas tornaram-se inimigos. Arce é candidato à reeleição.  



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