O ex-presidente Jair Bolsonaro torna-se o primeiro réu, pela prática do crime de tentativa de golpe de Estado, além de outros delitos; é o primeiro caso a ser registrado contra um ex-presidente da República. A decisão da Primeira Turma do STF recebeu a denúncia, oferecida pela Procuradoria-geral da República, por unanimidade de seus membros; juntamente com Bolsonaro, outros sete acusados tornaram-se réus. Acredita-se que a instrução do processo seja concluída até setembro e, no caso de condenação, poderá ser aplicada pena de até 43 anos de prisão. A defesa de Bolsonaro buscou várias preliminares, mas nenhuma delas foi admitida pelos ministros. Na sessão de recebimento da denúncia, os julgadores não aceitaram a tese da defesa de que o ex-presidente não seria o responsável pelos atos golpistas, vez que não estava presente nas manifestações, na Praça dos Três Poderes, em 2023. Bolsonaro poderá ser condenado, dentre outros, pela prática de três crimes: tentativa de abolição violenta do estado democrática, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
Na sequência do processo haverá a instrução com produção de provas apresentadas pelas partes, e eventuais pericias. Além do ex-presidente, tornaram-se réus: Braga Neto, ex-ministro da Casa Civil; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
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