O juiz Marcelo Souza de Barros teve aposentadoria compulsória mantida pelo STF, através da negação de recurso, que se deu por unanimidade, seguindo voto do relator, ministro Roberto Barroso. O magistrado esteve envolvido no caso denominado de "Escândalo da Maçonaria" e foi aposentado compulsoriamente pelo CNJ, em 2010, processado por participação no desvio de R$ 1,7 milhão dos cofres do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, através de verbas indenizatórias atrasadas. Entre os anos de 2022 e 2023, foram integrados ao Tribunal sete magistrados aposentados compulsoriamente, mas foi negado o retorno de Souza Barros e do desembargador José Ferreira Leite. O fundamento foi de que os dois foram os principais responsáveis por irregularidades administrativas. O ingresso de recurso de Embargos Declaratórios prestou-se para procrastinar o andamento do processo, porque buscava-se analisar matéria já definida.
O Escândalo da Maçonaria iniciou-se na potência maçônica Grande Oriente do estado de Mato Grosso, presidida pelo desembargador José Ferreira Leite, que criou uma cooperativa de crédito. A instituição sofreu desfalque de R$ 1,7 milhão. Os magistrados encontraram um meio de acabar com o prejuízo da cooperativa, através do pagamento de verbas indenizatórias atrasadas para juízes com o compromisso de repassar para a cooperativa. O esquema foi descoberto em 2010, depois de auditoria interna, contratada pelo Tribunal na gestão do desembargador aposentado Paulo Lessa e do corregedor-geral Orlando Perri.
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