Os penduricalhos alcançam também os ministros do STF; Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes receberam, em 2024, penduricalhos retroativos do Ministério Público, onde trabalharam antes de desembarcarem no STF; além deles, promotores e procuradores participaram também da distribuição dos penduricalhos. O ministro Moraes recebeu R$ 177.645,76, referente ao período de 1991 a 2002, durante sua permanência como promotor de Justiça, em São Paulo. Já o ministro Gilmar Mendes percebeu R$ 109.893,76, durante o período de 1985 a 1988, quando exerceu o cargo de procurador da República; apesar de cedido para outros órgãos, continuou vinculado ao Ministério Público Federal até 2002. O ministro Moraes recebeu dos cofres públicos em 2024 o valor de R$ 364 mil e o ministro Gilmar Mendes, R$ 382 mil.
Os denominados penduricalhos são constituídos de indenizações, a exemplo de auxílios para alimentação, saúde, moradia, abonos de permanência além de outros direitos. O Ministério Público de São Paulo assegura que se trata de "atrasados são reconhecidos por lei e decisões judiciais". A APMP, em nota, afirma que "pauta sua atuação pelo respeito à legislação e aos princípios éticos e que defende os direitos e prerrogativas de seus associados em todas as frentes". Juliana Sakai, diretora-executiva da Transparência Brasil, declara: "Este é mais um problema de: quem decide é o próprio beneficiado da decisão - uma excrescência em termos de boa governança e frontalmente contra o princípio da impessoalidade na administração pública". A matéria é do jornal Folha de São Paulo.
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