Na quinta-feira, 13, três desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, foram condenados pelo STJ pelo envolvimento em escândalo de corrupção na gestão do governador cassado Wilson Witzel. O quarto desembargador foi absolvido, tudo de conformidade com voto da desembargadora Nancy Andrighi. O desembargador Marcos Pinto da Cruz foi punido com 20 anos e 3 meses em regime inicial fechado, além da perda do cargo público de desembargador; José da Fonseca Martins Júnior recebeu a pena de 16 anos e 3 meses em regime inicial fechado, além de perder o cargo público; Fernando Antonio Zorzenon da Silva, 10 anos e 5 meses em regimes inicial fechado, com perda do cargo. Os ministros mantiveram o afastamento dos desembargadores até que se esgotem os recursos da ação penal. Foi absolvido o desembargador Antonio Carlos de Azevedo Rodrigues.
A Operação Mais Valia da Polícia Federal, desencadeada em março/2021, teve início com delação premiada do ex-secretário Edmar Santos, e causou a prisão de quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro; posteriormente, passaram a responder ao processo em liberdade. A Procuradoria-geral da República incluía outros investigados, inclusive o governador afastado, Wilson Witzel e o ex-secretário da Saúde, Edmar Santos. Houve desmembramento do processo para figurar apenas os quatro desembargadores, que têm foro privilegiado. A conclusão foi de que os magistrados recebiam propina para livrar organizações sociais e empresas de ônibus do pagamento de ações trabalhistas. O esquema criminoso contou com a participação de dois ex-presdiente do TRT-1, desembargadores Fernando Antonio Zorzenon da Silva e José da Fonseca Martins Júnior.
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