A revista americana The New Yorker, publicada na segunda-feira, 7, traça o perfil do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sob o título de "Homens Fortes"; na visão do jornalista Jon Lee Anderson, autor do livro "Che Guevara: uma biografia"; ele classifica o magistrado com "um juiz combativo, frequentemente descrito como o segundo homem mais poderoso do Brasil". Em certa parte do comentário está escrito: "De um lado, estavam Alexandre de Moraes e seus aliados. Do outro, uma coalizão internacional de influenciadores da direta, incluindo (o ex-presidente) Bolsonaro, (o bilionário) Elon Musk e, cada vez mais (o presidente americano) Donald Trump. Sobre eventual pressão dos Estados Unidos, após bloqueio do Telegrama, X, Rumble, Moraes ironiza: "Se eles mandarem um porta-aviões, aí a gente vê. Se o porta-aviões não chegar até o Lago Paranoá, não vai influenciar a decisão aqui no Brasil". A Trump Media, de Trump e o Rumble, dos Estados Unidos acusam Moraes de violar a primeira emenda da Constituição americana, que garante liberdade de expressão. New Yorker afirma que "os esforços de Alexandre de Moraes para combater o extremismo", origina-se do fato de que as redes sociais são "o maior poder de todos" e usa "para influenciar eleições". Moraes diz que "se Goebbels (o ministro da propaganda de Hitler) estivesse vivo e tivesse acesso ao X (ex-Twitter), estaríamos condenados. Os nazistas teriam conquistado o mundo".
Diz Moraes: "A direita radical quer tomar o poder - não dizendo que é contra a democracia, porque isso não ganharia apoio popular, mas afirmando que as instituições democráticas são manipuladas. É um populismo altamente estruturado e altamente inteligente. Infelizmente, no Brasil e nos EUA, ainda não aprendemos como reagir". Segundo a revista, Moraes é filho de um empresário e uma professora de São Paulo, formou-se em direito, tornou-se promotor e é autor de livros; na área política foi secretário de Segurança Pública. Sobre a chegada no Ministério da Justiça, diz Moraes: "Quando me tornei ministro da Justiça, toda a esquerda me chamava de golpista. Eles me odiavam. Agora, é a direita radical que me odeia". Quando surgiu uma vaga no STF, com a morte de Teori Zavascki, o presidente Michel Temer indicou Moraes à Suprema Corte, em fevereiro/2019. No sorteio do inquérito das fake news, em 2019, o nome de Moraes foi sorteado para relator e apareceram as investigações das milícias digitais e as invasões dos prédios dos Três Poderes em Brasília, em janeiro/2023.
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