Pesquisar este blog

terça-feira, 1 de abril de 2025

GUERRA COMERCIAL

O presidente Donald Trump deflagrou guerra comercial e a Europa, o Canadá, a China tomam posições de retaliação. No Parlamento Europeu, em Estrasburgo, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, declarou: "Nosso objetivo é uma solução negociada. Mas é claro que, se for necessário, protegeremos nossos interesses, nossa população e nossas empresas. Não queremos necessariamente retaliar. Mas, se for necessário, temos um plano sólido para retaliar e vamos usá-lo". Ela assegurou que tem "muitas cartas na mão e um plano sólido" para contrapor ao tarifaço do presidente americano. Trump, desde o mês passado, impôs tarifas de 25% à importação de alumínio e aço, mas ameaça taxação semelhante para veículos, criando grandes problemas para as montadoras alemãs, dona de mais da metade das exportações para os Estados Unidos. Não fica por aí, porque Trump vai anunciar tarifas recíprocas, violadoras das regras da Organização Mundial de Comércio, OMC. 

Von der Leyen chamou a atenção para o bloco que dirige: "Temos o maior mercado do mundo. Temos a força para negociar e poder para revidar". A União Europeia poderá incluir na retaliação a inclusão do setor de serviços, apoiada por parlamentares europeus e diplomatas de Bruxelas. A União Europeia teve superavit de mercadorias com os Estados Unidos no valor de 156,6 bilhões de euros, mas o déficit de serviços está próximo no valor de 108,6 bilhões. A lei de serviços digitais e a de mercado digital são recursos que podem ser usados pela União Europeia, que também poderá tributar os principais bancos americanos. A União Europeia poderá usar de dispositivo, elaborado no primeiro mandato de Trump, consistente no Instrumento AntiCoerção, que permite cotas, tarifas e restrições ao investimento estrangeiro. Von der Leyen conclui que "esse confronto não é do interesse de ninguém".  

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário