HARVARD PROCESSA TRUMP

A Universidade de Harvard deverá ingressar com medida judicial contra o governo Trump, face ao congelamento de mais de US$ 2,2 bilhões em subsídios federais. Trump mandou carta a Harvard, exigindo reformas administrativas e de liderança e mudanças nas políticas de admissão. Essa indevida interferência têm ocorrido em outras universidades. Alan Garber, presidente da entidade, escreveu que "nenhum governo - independentemente do partido que estiver no poder - deve ditar o que universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir ou contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir". Sem nenhuma comprovação, Trump declarou que a instituição é uma "entidade política" que promove uma "doença inspirada em política, ideologia e terrorismo". As grandes universidades dependem de financiamento federal para continuar com pesquisas científicas e médicas e tem sido pressionada com a suspensão de financiamentos federais, cenário semelhantes para as universidades da Pensilvânia, Brown e Pinceton. 

A Universidade de Columbia dobrou-se à interferência de Trump, apesar de pedidos de ex-alunos para que "contestem lealmente e se recusem a cumprir exigências ilegais que ameaçam a liberdade acadêmica e a autonomia universitária". Harvard procedeu diferente, porque "defendeu a integridade, os valores e as liberdades que sustentam o ensino superior". Membros da Harvard e moradores de Cambridge participaram de protestos no fim de semana. A ação protocolada diz em trecho: "Essas exigências amplas e, ao mesmo tempo, indefinidas, não são medidas corretivas direcionadas às causas de qualquer descumprimento da lei federal. Em vez disso, visam claramente impor à Universidade Harvard visões políticas e preferências ideológicas do governo Trump, comprometendo a universidade a punir discursos que o governo desaprova". Enfim, esses meses do governo Trump tem-se dedicado somente para perseguir, sem nada construir.