Aviões da Força Aérea Brasileira passaram a ser emprestados ao STF, desde 2023, para viagens dos seus ministros. Todavia, os nomes dos passageiros não são divulgados e parte da lista dos que viajam permanece em sigilo pelo prazo de cinco anos. Houve mudança, porque, anteriormente, apenas o presidente do Supremo tinha um avião oficial à sua disposição e os outros ministros pegavam carona, em viagens de ministros de Estado. O governo informou que esse cenário sofreu alteração, porque há ameaças aos ministros desde os ataques do 8 de janeiro, daí o sigilo. Até o fim de fevereiro deste ano, ministros do Supremo fizeram 154 viagens. Um dos passageiros frequentes nessas viagens é o ministro Alexandre de Moraes que tem residência em São Paulo e dá aulas na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. As viagens mais frequentes dos ministros é no percurso de idas e vindas de Brasília a São Paulo, no total de 145.
Decreto de 2020 permite o uso dos aviões da FAB pelo presidente do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal, além de ministros do governo e comandantes militares. A partir de abril do ano passado, houve facilitação dessas viagens, quando o Tribunal de Contas da União permitiu a manutenção em sigilo das viagens de altas autoridades do país. O entendimento é de que não há motivação para não informar sobre os passageiros em voos já realizados. Em nota o STF assegura que a justificativa para não informar os nomes dos ministros nessas viagens prende-se a segurança, "com base em análises técnicas", e considerando o fato de que a partir dos ataques de 8 de janeiro, os ministros passaram a "sofrer gravíssimas ameaças". O Ministério informa que o sigilo dos voos do STF permanecerá sob sigilo por cinco anos. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
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