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quarta-feira, 11 de junho de 2014

A VÍTIMA NO CRIME.

O desenvolvimento econômico do Brasil e a fortaleza de suas instituições democráticas são verdades incontestes, como sem polêmica a afirmação de que a injustiça campeia pelas cidades e a insegurança pública é o temor de todo brasileiro. Apesar de o Judiciário e a segurança pública constituírem caminho para o verdadeiro exercício da cidadania são segmentos não contemplados com a infra-estrutura mínima adequada para funcionarem.

A chamada teoria das “Janelas Quebradas”, ou seja, o combate ao pequeno delito, presta-se para diminuir o ilícito penal, conforme demonstrou a experiência do ex-Prefeito Rudolph Giuliani, em Nova York. A tolerância zero para todo tipo de infração ou delito, em contraposição com o “jeitinho” nacional certamente contribuirá para diminuir o mais acentuado problema pelo qual passa o cidadão brasileiro.

O resultado no Brasil é que a Justiça Criminal não dá solução para os crimes de pequeno porte e muito menos para as transgressões mais graves; entretanto, quando o Judiciário julga e condena, a polícia não consegue prender os malfeitores, seja por não dispor de recursos, seja por não ter onde colocá-los. Os processos e os mandados de prisão mofam nos cartórios.

A análise do tema torna-se mais complexa quando se sabe que toda a atenção dispensada pelas autoridades é direcionada para o delinqüente e não se confere a mínima insatisfação intelectual com a vítima, além do pouco interesse na prevenção contra o crime.

Constroem-se delegacias, edificam-se presídios, buscam a mais avançada tecnologia, contratam profissionais da mais variada especialidade sempre para fiscalizar, proteger e punir o criminoso. A vítima ou seus familiares não tem importância alguma na Justiça Penal.

Apesar de desencontro dos números de presos, sabe-se que o crescimento é constante e já se situa em torno de 550 mil, em ritmo maior do que o crescimento da população. Esses números coloca o Brasil na quinta posição no ranking de população carcerária do mundo. Os delinqüentes perigosos reclamam tratamento especial com espaços monumentais e o emprego de técnica apurada. O deslocamento de um destes marginais do presido para o fórum, onde devem ser ouvidos pelo juiz, provoca operação de guerra e desperdícios do dinheiro público.

O sistema não separa os marginais que cometem crimes patrimoniais, crimes contra a vida ou crimes contra os costumes, apesar de as estatísticas apontarem o percentual de 90% como sendo de delitos de ordem patrimonial: furtos, roubos, assaltos, estelionatos, receptação. Todos recebem o mesmo tratamento, porque punidos com internamento, por pouco ou por muito tempo, nas acomodações de segurança máxima, ou não, dos presídios espalhados pelos grandes centros urbanos.

Apesar de nossas leis definirem o trabalho do preso como dever social e condição de dignidade humana, não se têm política séria voltada para a área. Tudo é feito aleatoriamente, de conformidade com a experiência e vontade desta ou daquela autoridade pública.    

Todos esses esforços destinam-se à punição do delinqüente, mas a vítima é entregue à sua própria sorte, porque sem amparo do sistema que não se ocupa com sua recuperação emocional e material. Os bens que lhe foram surrupiados não voltam mais, porque o Estado não desenvolve qualquer ação imediata de proteção à pessoa que sofreu o ilícito penal. Toda a atenção estará voltada para o delinqüente. O drama da vítima, gerado pelo descaso, contrapõe-se com a atenção ao transgressor, originada pela punição. O descuido destrói a vida do primeiro e o desvelo com este não contribui para sua integração à sociedade.

A aplicação da lei ao delinqüente é assegurada, mas a prioridade maior volta-se para apuração de sua responsabilidade perante a vítima, além da punição consistente na prestação de serviços comunitários.


As autoridades públicas ainda não se sensibilizaram com a proteção à vítima do crime.

terça-feira, 10 de junho de 2014

ADVOGADOS NAS PREFEITURAS

Os advogados contratados pelas Prefeituras, sem licitação, podem enfrentar dificuldades na Justiça. Foi o que ocorreu, no município de Santa Terezinha de Itaipu, Paraná. O profissional foi condenado por improbidade administrativa.
Para contratar sem a licitação, o Prefeito alegou ausência de prova da singularidade do serviço, especialização do réu e inviabilidade de competição.
A sentença foi julgada procedente, mas a segunda instância reformou a decisão, daí o recurso especial para o STJ, que entendeu impossível o reexame de provas e fatos no recurso especial, conforme Súmula n. 7.

O relator, ministro Herman Benjamin, esclareceu que o entendimento do STJ sobre a caracterização de improbidade administrativa pela contratação direta coincide com o que foi manifestado no acórdão. Ademais, a decisão de segundo grau aponta inconveniência do valor pago, a título de honorários em uma única causa, no montante de R$ 252.805,65. O pior é que o advogado celebrou acordo em causa que envolvia pessoa jurídica de direito publico, descuidando do princípio da indisponibilidade do interesse publico. A decisão determinou que o advogado, juntamente com os contratantes, terão de devolver o dinheiro aos cofres públicos.

ELIANA: A LEI ELEITORAL É CADUCA

A ex-ministra Eliana Calmon aposentou-se antes do tempo para atender aos pedidos dos baianos no sentido de trabalhar pela credibilidade do tão combalido Poder Legislativo. No Judiciário ficou famosa; como candidata ao Senado da República, em entrevista a uma rádio local, criticou a legislação eleitoral, assegurando que serve mais para ajudar aos atuais ocupantes de cargos. Classificou de farsa e caduca a lei eleitoral.
Disse mais:” Essa legislação é caduca e só beneficia quem está ali. Não podemos dizer que somos candidatos, somos pré-candidatos. Estou fazendo palestras, percorrendo as cidades do interior, mas com o olhar de pré-candidata. Tenho conversado com o povo, e isso é muito interessante”.  
Eliana Calmon, que tem sido muito aplaudida, nos lugares por onde passa, será oficilizada pré-candidata ao Senado, pelo PSB, no próximo sábado.
A ex-ministra foi incisiva quando disse:
“A presidente da República está há mais de um ano fazendo propaganda. O governo do Estado está aí distribuindo trator, remédo, óculos, operação, tudo, levando os candidatos para o palanque, enquanto os outros candidatos sequer podem dizer que são candidatos”.
Eliana Calmon, na condição de Corregedora do CNJ, atuou com muito rigor contra a corrupção e provocou polêmica, quando assegurou que  havia muitos “bandidos atrás da toga”.

Os politicos corruptos já temem a presença de Eliana no Senado, porque sabem que a ex-ministra terá uma atuação singular no Congresso promovendo trabalho semelhante ao que realizou no Judiciário. 

THINK - EAT - SAVE


The world's pick of the day 5/6, dedicated to Environment, held since the year 1972, at the opening of the Stockholm Conference on the Human Environment.

The conference, on that occasion, gathered more than 100 countries and dealt with the degradation, caused by humans to the environment, along with the risks to the survival of life on earth.

Every June 5, the United Nations creates a theme for this celebration. In this year 2014, we chose the following topic: "THINK - EAT - YOU SAVE".

George Monbiot in The Guardian, it was necessary, when summed up the current situation as follows:

"It's simple. If we can not change our economic system, our number's up. " Meant environmentalist who do not change our economic system, collapse is inevitable. This the author of carbon accumulation in the atmosphere and the problems of climate change, associated with the man in the choice option as standard of living, the economy's growth. To Monbiot planetary destruction is in the limitless ambition of man by ever increasing and indiscriminate use of coal, oil and gas.

Well suited to the expression: "When the last tree falls, tipping; when the last river is poisoned; when the last fish is caught, only then will we realize that money is something that can not be eaten. "

The environmental issue does not involve division between rich and poor, for global warming, called "demographic bomb", as well as demographic development, called "climate bomb" in the words of Professor Paulo Nogueira Neto, will bring immense suffering to billions of people.

Brazil is privileged in planete, because it has rich biodiversity, consisting of lush vegetation, consisting of forests, woodlands, savannas, mangroves, rivers, beaches and rock formations, plus the wildlife which unfortunately records several endangered species; the enviable Amazon rainforest is known worldwide as the "lungs of the world".

Environmental ills are caused by a few, but the resulting outcomes relate to the whole society. Hence the reason why there should be community interest in enforcement of the pollution of the environment.

Brazil, despite the damage has progressed because we have advanced legislation; set itself targets for reducing greenhouse gas emissions, it created financial instruments, such as the Amazon Fund and the Climate Fund; some Brazilian states are already working with the ecological ICMS; reduced deforestation in the Amazon and Atlantic Forest, efeitivo beyond the recognition of the importance of the Cerrado and Caatinga.

Recently, the Union of Concerned Sicentists - UCS - released a report, "Success Stories in the Framework of Deforestation", where Brazil points leader in combating climate change; reports that there was a decline of 19% in greenhouse gas emissions caused by the felling of tropical forests. The study of this American NGO reports that the 1990s were deforested in the world, on average, 16 million hectares per year; in the 2000s, that number dropped to 13 million hectares.

Advances needed to not only get along with political discourse; no exaggeration in the consumption of luxuries, including the explosion of the car fleet; is used increasingly indiscriminate and pesticides and almost automatically releases itself the use of transgenics. To complement, seems inapplicable to Advanced Brazilian environmental legislation.

The collapse in Brazil is viewed by floods and droughts, followed by death and destruction; rationing of water through the system Cantareira, main water supply for the population of São Paulo metropolitan region; by blackouts.

Thus, nature responds to mistreatment he receives from men.

PENSE – COMA - POUPE


A escolha mundial do dia 5/6, dedicado ao Meio Ambiente, acontece desde o ano de 1972, por ocasião da abertura da Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano.

A conferência, naquele oportunidade, reuniu mais de 100 países e tratou da degradação, provocada pelo homem ao meio ambiente, junto com os riscos para a sobrevivência da vida na terra. 

A cada 5 de junho, as Nações Unidas cria um tema para essa comemoração. Nesse ano de 2014, escolheu-se o seguinte tópco: “PENSE – COMA – POUPE”.

George Monbiot, no jornal britânico The Guardian, foi preciso, quando sintetizou a situação atual da seguinte forma:

“It’s simple. If we can’t change our economic system, our number’s up”. Quis dizer o ambientalista que se não alterarmos nosso sistema econômico, o colapso será inevitável. Trata o autor do acúmulo de carbono na atmosfera e dos problemas das mudanças climáticas, associadas à opção do homen na escolha, como padrão de vida, do crescimento da economia. Para Monbiot a destruição planetária localiza-se na ambição sem limite do homem pelo uso indiscriminado e sempre crescente do carvão, do petróleo e do gás. 

Bem adequada a expressão de que: “Quando a última árvore cair, derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come”. 

A questão ambiental não comporta divisão entre ricos e pobres, pois o aquecimento climático, denominado de “bomba demográfica”, assim como as perspectivas demográficas, chamada de “bomba climática”, na expressão do Prof. Paulo Nogueira Neto, trarão imenso sofrimento para bilhões de pessoas.

O Brasil é privilegiado no planete, porque conta com rica biodiversidade, constituída por vasta vegetação, formada por florestas, matas, cerrados, manguezais, rios, praias e formações rochosas, além da fauna que, infelizmente, registra várias espécies em extinção; a invejável floresta amazônica é conhecida em todo o mundo como o “pulmão do mundo”.

Os males ao meio ambiente são provocados por poucos, mas os resultados resultantes incidem sobre toda a sociedade. Daí o motivo pelo qual deve haver interesse da comunidade na fiscalização sobre a poluição do meio ambiente.

O Brasil, apesar dos prejuízos causados, progrediu, pois temos uma legislação avançada; fixou-se metas de redução de emissões de gases, criou-se instrumentos financeiros, a exemplo do Fundo Amazônica e o Fundo Clima; alguns Estados brasileiros já trabalham com o ICMS ecológico; reduziu-se o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica, além do efeitivo reconhecimento da importância dos biomas Cerrado e Caatinga.

Recentemente, a  Union of Concerned Sicentists – UCS – divulgou relatório, “Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento”, onde aponta o Brasil como líder no combate à mudança do clima; informa que houve queda de 19% nas emissões de gases-estufa, causados pela derrubada de florestas tropicais. O estudo dessa ONG americana informa que nos anos 1990 foram desmatados no mundo, em média, 16 milhões de hectares por ano; na década de 2000, esse número caiu para 13 milhões de hectares.  

Necessários avanços para não se conviver somente com o discurso político; há exagero no consumo de bens supérfluos, inclusive com a explosão da frota de automóveis; usa-se indiscriminada e crescentemente os agrotóxicos e libera-se, quase automaticamente, o uso dos transgênicos. Para complementar, mostra-se inaplicável a avançada legislação brasileira ambiental.

O colapso, no Brasil, é visualizado pela enchentes e secas, seguidas de mortes e destruição; pelo racionamento de água através do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento para a população de São Paulo e região metropolitana; pelos apagões.


Assim, a natureza responde aos maus-tratos que recebe dos homens.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

JURISPRUDÊNCIA COM PAMONHA

Um advogado de Goiânia, buscando provar que o juiz não lê as jurisprudências que são enunciadas nas petições, inseriu uma decisão do Tribunal gaúcho com uma receita de como fazer pamonha.

Realmente, provou que o juiz não leu a jurisprudência, porque o fato só foi descoberto pelo próprio advogado.

O juiz ficou bastante irritado e tratou o advogado de covarde por esconder seu protesto na jurisprudência apresentada, além de dizer que o bacharel não “honrou suas calças”.

Escreveu o advogado:
“... Senhores julgadores, espero que entendam o que faço nestas pequenas linhas, e que não seja punido por tal ato de rebeldia, mas há tempos os advogados vem sendo desrespeitados pelos magistrados, que sequer se dão ao trabalho de analisar os pleitos que apresentamos. Nossas petições nunca são lidas com a atenção necessária. A maior prova disso, será demonstrada agora, pois se somos tratados como pamonhas, nada mais justo do que trazer aos autos a receita desta tão famosa iguaria. Rale as espigas ou corte-as rente ao sabugo e passe no liquidificador, juntamente com a água, acrescente o coco, o açúcar e mexa bem, coloque a massa na palha...”


Prosseguiu com a receita e concluiu: ”...Cozinhe por mais ou menos 40 minutos, retirando as pamonhas com o auxílio de uma escumadeira. A coação deve ser cabalmente comprovada nos autos. Na hipótese, a prova dos autos não fundamenta o acolhimento do pedido de invalidade do negócio jurídico. Rejeitaram a preliminar. Apelação não provida. Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marcelo Cezar Muller, Julgador em 07/02/2013”.

O METRÔ NOS BAIRROS


sábado, 7 de junho de 2014

SERVIDORES DA COMARCA DE PAU BRASIL


Essa foto, março/2013, retrata o motivo da falência da Justiça na Bahia e a verdadeira escravidão na qual trabalham os servidores. Nada mudou.

O quadro de servidores conta com:

05 servidores para todos os Cartórios:
Feitos Cíveis;
Feitos Criminais;
Cartório do Registro de Imóveis;
Cartório do Registro Civil;
e Tabelionato de Notas.

Deveria ter 46 servidores, tem 05. Não é situação isolada.

Segundo a Lei de Organização Judiciária a distribuição seria:

1 escrivão, dois subescrivães, 5 escreventes e dois Oficiais de Justiça, para o Cartório dos Feitos Cíveis; igual número para os Feitos Criminais.
01 Tabelião, 02 subtabeliães e 04 escreventes lotados no Tabelionato de Notas.
01 Oficial de Imóveis, 02 suboficiais, e 04 escreventes lotados no Cartório de Registro de Imóveis.
01 Oficial de Registro Civil, 02 suboficiais e 04 escreventes, no Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais.
01 Administrador do Forum.
04 Agentes de Proteção ao Menor.

A Comarca não tem forum e serve-se de uma casa da Prefeitura.

A SAÍDA DE JOAQUIM BARBOSA