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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

MENOS SERVIDORES

Decretos Judiciários publicados no Diário Oficial de hoje, dia 24/9, concedem aposentadorias voluntárias para os seguintes servidores:

ANTONIO SERGIO VIEIRA COSTA PINTO, assessor jurídico Judiciário da Secretaria do Tribunal de Justiça;

IRACI SANTANA DOS REIS, digitadora dos Juizados Especiais da comarca de Salvador;

MELQUÍADES BARRETO VIEIRA, técnico de nível médio dos Juizados da Infância e da Juventude da comarca de Salvador;

RAIMUNDO PEREIRA DE QUEIROZ, agente de proteção ao menor da comarca de Salvador.

Depois de anos de trabalho, surge a descrença em melhores perspectivas no trabalho e voluntariamente desligam-se na busca de outra alternativa. Boa sorte na nova vida e a gratidão de todos os jurisdicionados de Salvador.


JUSTIÇA EM NÚMEROS

O CNJ divulgou ontem o relatório do “Justiça em Números” e mostra que a quantidade de processos que estão tramitando na Justiça brasileira no ano de 2013 é de 95,14 milhões, dos quais 28.3 milhões de causas novas e 27.7 milhões de processos baixados. Os tribunais tem 66,8 milhões de demandas pendentes de solução definitiva. 

O relatório informa que atualmente o Judiciário tem 16.429 magistrados e 412.501 servidores, incluindo terceirizados, estagiários, conciliadores e demais trabalhadores do sistema. No ano passado, cada juiz tinha, em média 6.041 processos para julgar, mas só conseguiram sentenciar em 1.684. 

A taxa de congestionamento, que mede o número de processos que não foram baixados durante o ano, aumentou em 2013, ficando sem finalizar 71 de cada 100 processos. Essa quantidade deve-se à quantidade de feitos para cada juiz, que aumenta a cada ano que passa.

O presidente da AMB declarou que: “A atuação do CNJ na política de metas na gestão do litígio comprovadamente não tem sido eficaz para reduzir a taxa de congestionamento. A persistência na aplicação de um modelo exclusivamente baseado em metas de produtividade está se prestando para comprovar a falência do sistema pautado na solução de conflitos individuais, principalmente quando crescem nos tribunais os litígios massificados”. 

Na avaliação do CNJ os tribunais do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Acre e Amapá e mais os Tribunais Regionais do Trabalho da 2ª Região, da 3ª e da 15ª obtiveram 100% de eficiência.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

IPIAÚ TAMBÉM É VÍTIMA E TEM FANTASMA

Os municípios de Ipiaú, com 47.178 habitantes e Barra do Rocha, com 6.336, formam a comarca de Ipiaú, com 53.514 jurisdicionados; a extensão territorial dos dois municípios é de 267,329 km2, Ipiaú, mais 192,556 km2, Barra do Rocha, perfazendo um total de 459,89 km2.

O distrito de Rio Novo, em 1930, origem de Ipiaú, foi desmembrado do município de Camamu, em 1931, e anexado a Jequié; em 1933, esse distrito foi elevado à categoria de vila e criado o município com o mesmo nome, desanexado do território de Jequié; recebeu a denominação de Ipiaú mais tarde, em 1944.


JUIZADO ESPECIAL

O Juizado Especial é situação esquisita e incongruente, pois ele existe, porque se vê, se pega, tem servidores, tem prédio alugado pela Prefeitura, tem juiz substituto, tem 5.500 reclamações, mas ao mesmo tempo ele não existe, porque não tem lei, resolução, não existe ato algum de criação e instalação do Juizado em Ipiaú. Como explicar a situação dos servidores do Juizado, se no Judiciário deve ser tudo transparente e como não ter e ter.

Não se sabe como explicar essa singular circunstância; registre-se que o quadro funcional do Juizado está quase completo, cenário bem diferente da Justiça comum. O interessante é que esta foi criada através de lei e de fato funciona, mas não tem servidor, enquanto aquela, o Juizado, não foi criado, tem servidor e também funciona.

É um fantasma! E não é cena somente de Ipiaú, mas de muitas outras comarcas.

A COMARCA

A unidade é carente em termos de servidores, como aliás, ocorre de uma maneira geral e não deixa de haver sobrecarga para os dois magistrados, porquanto tramitam nas varas cível e criminal 22.500 processos, mas 5.500 reclamações no Juizado Especial.  

O cartório Criminal, com 2.500 processos, tem apenas 4 (quatro) servidores, e o juiz é Hilton de Miranda Gonçalves, que acumula  no Juizado Especial.

O cartório dos feitos Cíveis, com 20.000 processos, dispõe de somente 3 (três) servidores e o juiz é César Batista de Santana.

Os dois cartórios e toda a comarca depende da atividade estressante de apenas 2 (dois) oficiais de justiça.

A comarca, como em muitas outras, tem mais promotores do que juízes: são 4 (quatro) representantes do Ministério Público, estando vagas, no momento, duas dessas cadeiras. Não tem nenhum defensor público.

Os cartórios extrajudiciais, em parte, foram assumidos por delegatários. O delegatário do Tabelionato de Notas acumula a responsabilidade pelo cartório de Registro Civil; isso possibilitou o deslocamento de servidor do Judiciário do extrajudicial para o Judicial. O cartório de Registro de Imóveis também está em situação singular, mas de qualquer forma tem uma delegatário respondendo.

A dificuldade reside para os cidadãos de Barra do Rocha que tem de deslocar-se para Ipiaú para buscar qualquer documento ou para fazer qualquer registro da vida civil, pois esse cartório da cidade de Barra do Rocha funciona na sede da comarca, em Ipiaú, através de uma escrevente designada.

A Prefeito cuida da Prefeitura e se obriga a também zelar pelo Judiciário, pois coloca 7 (sete) funcionários da sua equipe para prestar serviço na comarca, além de alugar o prédio, onde funciona o Juizado, que existe e não existe, o que significa dizer que tem mais gente da Prefeitura do que do Tribunal no fórum da comarca de Ipiaú. Completa o quadro de servidores com uma estagiária.

O prédio onde funciona reclama conservação, pois falta espaço para acomodar o grande número de processos que se encontram em armários, no chão, nas mesas.

O fórum da comarca de Ipiaú teve duas ocorrência policiais: recentemente, em março/2014, o cartório eleitoral, instalado no prédio onde funciona a unidade jurisdicional e onde se processava o recadastramento biométrico de eleitores da 24ª região, compreendendo os municípios de Ipiaú, Ibirataia e Barra do Rocha, sofreu um principio de incêndio, levando susto aos presentes e suspensão do expediente; não houve feridos nem maiores danos.

Em outubro de 2011, o mesmo fórum foi arrombado e os bandidos levaram 7 (sete) revólveres, duas pistolas e boa quantidade de drogas. Após a apuração, a polícia informou que os meliantes subiram por uma grade, abriram o forro do telhado e romperam a porta da sala onde estava os bens apreendidos.

Salvador, 23 de setembro de 2014.

Antonio Pessoa Cardoso

Ex-Corregedor – PessoaCardosoAdvogados.

PALESTRA DO CORREGEDOR NA COMARCA DE IPIAÚ - CCI MAIO/2013


SERVIDORES DE IPIAÚ - CCI 05/2013.


STF MOROSO

A morosidade do Judiciário começa de cima e exatamente de onde há melhor estrutura material e humana para o trabalho; os desembargadores e ministros tem um gabinete, composto de muitos assessores, bom espaço físico para o trabalho e possuem toda a infraestrutura indispensável para maior produtividade.

A situação é diferente nas comarcas e nas varas, onde o gabinete, às vezes se confunde com a sala de audiência, ou nem existe sala para despachos, além de faltar assessores, sem espaço físico e inexiste infraestrutura para melhorar a produtividade.

Pois bem. O Regimento do STF estipula o prazo máximo de 2 (dois) meses para publicação das decisões colegiadas. Todavia, o “III Relatório Supremo em Números” mostra que os acórdãos, divulgados após os julgamentos e necessários para execução do que foi decidido, arrastam por 6 (seis) meses para serem publicados no Diário da Justiça, na mais alta Corte do país; a veiculação dos acórdão em Habeas Corpus, responsável pela liberdade do cidadão, consome 8 (oito) meses; as ações diretas de inconstitucionalidade – ADINS – permanecem em compasso de espera por um ano.     


MENOS SERVIDORES

Decretos Judiciários publicados no Diário Oficial de hoje, dia 23/9, concedem aposentadorias voluntárias para os seguintes servidores:

ELZA DE SOUZA ALMEIDA, técnica em administração da Secretaria do Tribunal de Justiça;

MARILENE CARDOSO DOS SANTOS, digitadora da Secretaria do Tribunal de Justiça;

UMBERTO LUIZ GONÇALVES, técnico em contabilidade da Secretaria do Tribunal de Justiça;

VERÔNICA DE OLIVEIRA REIS, técnica de nível médio dos Juizados da Infância e Juventude da comarca de Salvador;


Depois de anos de trabalho, surge a descrença em melhores perspectivas no trabalho e voluntariamente desligam-se na busca de outra alternativa. Boa sorte na nova vida e a gratidão de todos os jurisdicionados de Salvador.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

DESEMBARGADORA COM 33 ANOS


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, quer tornar real o sonho da filha, advogada no Rio de Janeiro: ser desembargadora.

Mariana, a filha do ministro, concorre a uma vaga, relativa ao quinto constitucional, e tem apenas 33 anos; o empenho do pai, segundo a imprensa, materializa-se com telefonemas para advogados e para desembargadores do Rio de Janeiro.

O desembargador Adilson Maeabu aposentou-se em julho e a vaga está sendo disputada por 38 advogados, dos quais apenas uma concorrente tem a mesma idade da filha do ministro; os outros 36 pretendentes tem idade variável entre 38 e 65 anos. É o maior número de candidatos registrado nesse tipo de escolha pela OAB, que se manifesta preocupada, ao ponto de promover mudanças no processo, adotando inclusive o voto aberto.


A indicação pela OAB deve acontecer no início do mês de outubro.